ESTUDO ESPÍRITA PROMOVIDO PELO IRC-ESPIRITISMO HTTP://WWW.IRC-ESPIRITISMO.ORG.BR CENTRO ESPÍRITA LÉON DENIS HTTP://WWW.CELD.ORG.BR TEMA: “ A PIEDADE.” O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – CAPÍTULO XIII – ITEM 17 EXPOSITORA: ADRIANA BARREIROS RIO DE JANEIRO 04/06/2003 Dirigente do Estudo: Wania Flintz Mensagem Introdutória: OBSERVE PARA ATENDER "A piedade é o melancólico, mas celeste precursor da caridade, primeira das virtudes que a tem por irmã e cujos benefícios ela prepara e enobrece." Capítulo XIII - Item 17. Você comentará falhas alheias, sem resultado edificante, e se fará dilapidador das fraquezas do próximo. Você censurará o vizinho, sem lhe retificar a posição, e se converterá em juiz impiedoso das vicissitudes dos outros. Você discutirá as imperfeições do amigo, sem lhe modificar a situação moral, e se transformará em algoz de quem já é vítima de si mesmo. Você debaterá problemas dos conhecidos, sem os solucionar, e se tornará leviano examinador das causas que lhe não pertencem. Você exporá feridas do caráter das pessoas, sem as medicar, e se situará na condição de enfermeiro negligente em doenças a que lhe não cabe oferecer assistência. Cale o verbo que não ajuda, observe e sirva. Você caminha sob a mesma ameaça. Os outros observam-no também. Deixe que a tentação da censura morra asfixiada no algodão do silêncio. Ninguém é infeliz por prazer. Os que mais erram são doentes contumazes que requerem o medicamento fraterno da prece e do entendimento. O comentário improdutivo é gás que asfixia as plantas da esperança alheia. Sua censura é espinho na alma do vizinho. A exposição dos insucessos do próximo é estilete a ferir-lhe a chaga aberta. Recorde o Mestre e examine-se. Sua ascensão apoia-se na ascensão dos companheiros. A queda de alguém é embaraço em seu caminho. Auxilie sem exigência e indistintamente. Permita ao grande tempo a tarefa de corrigir e educar. Confira a você mesmo o impositivo somente de ajudar. Marco Prisco Do Livro: Glossário Espírita-Cristão Psicografia: Divaldo Pereira Franco Editora: LEAL Oração Inicial: Jesus, Senhor de nossas vidas! Que as tuas bênçãos recaiam sobre este trabalho que objetiva a divulgação do Teu Evangelho, a divulgação da Doutrina Espírita. Que possamos, envolvidos pela vibrações amorosas, enriquecer nossos espíritos e ampliar nossos conhecimentos. Que seja em Teu nome, em nome de Cairbar Schutel, de Gabriel Delane, mas sobretudo em nome de Deus, a realização da tarefa desta noite. Que assim seja! Exposição: Somos brindados hoje com um texto de Miguel contido no ESE que fala sobre a piedade. Dentre os muitos sinônimos para esta palavra estão: compaixão pelo sofrimento alheio; comiseração, dó, misericórdia. Estes sentimentos representam uma total dedicação ao próximo, dando aos que os guardam no coração uma riqueza espiritual, um verdadeiro tesouro. Um espírito que guarda tais qualidade só pode estar desprendido do egoísmo e do orgulho, grandes males da Humanidade. É a piedade que impulsiona os atos caridosos dos corações tocados pela desgraça alheia. Ela então, faz parte do amor. Diz o espírito Miguel: "o amor é devotamento; o devotamento é o olvido de si mesmo; e esse olvido, essa abnegação pelos infelizes, é a virtude por excelência, aquela mesma que o divino Messias praticou em toda a sua vida, e ensinou na sua doutrina tão santa e sublime." Este nível de dedicação aparentemente é impossível a nós, pessoas comuns e ainda lutando contra nossas imperfeições, porém, podemos aplicar este belo ensinamento dentro das escalas que já conseguimos atingir, buscando no nosso dia-a-dia, observar o mundo que nos cerca e a enxergar em casa um dos que cruzam nosso caminho como um irmão que vive um drama particular, que não nos cabe julgar e sim fazer o que pudermos para amenizar-lhe a dor e o sofrimento. Uma palavra, um pequenino gesto, um sorriso, um afago, muitas vezes podem não resolver o problema, mas eles dizem que alguém está atento à sua dor, alguém se importa. E como isso é importante! Muitos de nós ouvem assim: não quero que sintam pena de mim! Pois bem. O orgulho acaba por nos impedir de aceitar o auxílio, ou até mesmo a simpatia do próximo, pois ele esconde a nossa fragilidade, não quer que ela fique exposta. Quantos de nós sentimos piedade pela dor do próximo, mas não aceita que somos também pequeninos e que de nós também outros sentirão piedade. Como é difícil aceitar a piedade sem vê-la como uma humilhação! Mais uma vez o espírito Miguel nos traz algo muito belo: a piedade é "o sentimento mais apropriado a vos fazer progredir." Ela faz progredir tanto ao que, impelido por ela, pratica a caridade, quanto àquele que aprende a enxergá-la como um sentimento nobre, abafando o orgulho e aceitando a ajuda, aceitando que sozinho não chegamos a lugar nenhum. Quantos de nós, em nossas vidas tão atarefadas, passamos milhares de vezes pela desgraça alheia sem nos darmos conta. Isso sem contar que, nas grandes cidade a miséria e o sofrimento alheios já foram absorvidos pelas pessoas, que passam a não enxergar nada demais nos homens deitados ao chão frio, crianças esmolando para seus sustentos, mães em desespero. Somos confundidos pelo sentimento de que pode se tratar de um "golpe" ou "armação" para de nós arrancar o "suado dinheirinho." Pois bem, que seja. O que importa na verdade é até que ponto seu coração se comove com o drama alheio, se você sente o impulso de ajudar, e se, neste momento, o amor arrebate seu coração a ponto de não se deixar impedir de ajudar ao próximo, mesmo que seja de outra forma que não a financeira. A indiferença ao drama alheio é um sinal de pobreza extrema, de egoísmo e de orgulho. Não deixemos que estes sentimentos falem mais alto em nós quando, ao vermos nosso irmão em desgraça, passemos inertes por eles, sem nada deixar, nem mesmo um olhar, ou uma prece. Exercitemos a piedade, amolecendo o coração, permitindo que ele sofra pelo que os outros sofrem, acolhendo em simpatia a dor do outro e deixando que ela seja uma mola propulsora da caridade, em que nível for. Que Jesus, nosso modelo e guia possa sempre nos abençoar e semear nossos corações com sua mensagem indestrutível de amor ao próximo! Oração Final: Jesus amigo, mais uma vez Te agradecemos pela oportunidade concedida . Que a Tua paz se faça presente em nossos corações. Ampare os espíritos amigos, que coordenam este trabalho, envolvendo-os também em vibrações fraternais. Que seja em Teu nome, mas sobretudo em nome de Deus, que possamos considerar finalizada a tarefa da noite. Que assim seja!