ESTUDO ESPÍRITA PROMOVIDO PELO IRC-ESPIRITISMO HTTP://WWW.IRC-ESPIRITISMO.ORG.BR CENTRO ESPÍRITA LÉON DENIS HTTP://WWW.CELD.ORG.BR TEMA:" SALVAÇÃO DOS RICOS - UTILIDADE PROVIDENCIAL DA RIQUEZA E DA MISÉRIA ." EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - CAP. XVI - ITENS 1,2 E 7 EXPOSITORA: VERA OLIVEIRA RIO DE JANEIRO 08/10/2003 Dirigente do Estudo: Márcio Alves Mensagem Introdutória: UM SÓ SENHOR Nenhum servo pode servir a dois senhores." - Jesus. (Lucas, 16:13.) Se os cristãos de todos os tempos encontraram dolorosas situações de perplexidade nas estradas do mundo, é que, depois dos apóstolos e dos mártires, a maioria tem cooperado na divulgação de falsos sentimentos, com respeito ao Senhor a que devem servir. Como o reino do Cristo ainda não é da Terra, não se pode satisfazer a Jesus e ao mundo, a um só tempo. O vício e o dever não se aliam na marcha diária. Que dizer de um homem que pretenda dirigir dois centros de atividade antagônica, em simultâneo esforço? Cristo é a linha central de nossas cogitações. Ele é o Senhor único, depois de Deus, para os filhos da Terra, com direitos inalienáveis, porquanto é a nossa luz do primeiro dia evolutivo e adquiriu-nos para a redenção com os sacrifícios de seu amor. Somos servos dele. Precisamos atender-lhe aos interesses sublimes, com humildade. E, para isso, é necessário não fugir do mundo, nem das responsabilidades que nos cercam, mas, sim, transformar a parte de serviço confiada ao nosso esforço, nos círculos de luta, em célula de trabalho do Cristo. A tarefa primordial do discípulo é, portanto, compreender o caráter transitório da existência carnal, consagrar-se ao Mestre como centro da vida e oferecer aos semelhantes os seus divinos benefícios. Emmanuel Do Livro: Caminho, Verdade e Vida Psicografia: Francisco Cândido Xavier Editora: FEB Oração Inicial: Senhor Jesus! Mais uma vez reunidos neste ambiente virtual vimos rogar as tuas bênçãos para o estudo da noite de hoje. Ampara nossa amiga Vera que nos trará as suas reflexões em torno do tema proposto, inspirando-a. E que possa ser com o Teu amparo e proteção, que possamos iniciar os estudos de hoje. Que assim seja! Exposição: Queridos companheiros, que a Paz do Mestre Jesus possa envolver a todos nós, esclarecendo as nossas mentes e sensibilizando os nossos corações para que possamos juntos refletir em torno do tema de hoje. Lucas, Cap. XVI, it. 13, nos recorda: "Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará a outro, ou se prenderá a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom." E em outra , Jesus nos recorda que a nossa vida não depende dos bens que possuamos e que é difícil um rico entrar no reino dos céus. Analisando e repensando palavras tão significativas, iremos perceber e identificar o quanto ainda temos dificuldades de utilizar adequadamente os bens terrenos. Nós sabemos que a riqueza é uma prova muito difícil, mais difícil mesmo do que a pobreza porque oferece seduções, tentações, fascinação, é o supremo excitante do orgulho, do egoísmo, da vida sensual. É o laço mais apertado que liga o homem a Terra e afasta o seu pensamento do céu. Produz tamanho desequilíbrio que quase sempre aquele que antes não a tinha, esquece tudo o que passou, as pessoas com que viveram e o ajudaram, tornando-se mesmo insensível, egoísta e fútil. Diante do que estamos descrevendo, nós chegamos a conclusão que se a riqueza é uma prova difícil, não é impossível, se assim não fosse, Deus não a teria colocado no mundo. O que é então que podemos dizer da grande dificuldade da riqueza, senão por causa do nosso desequilíbrio, do nosso egoísmo e da nossa incompetência em utilizá-la? Analisando um pouco mais, nós iremos ver que, assim como em tudo, o que nos faz incompetentes para não sabermos usá-la, é o nosso sentimento de apego, e o sentimento de apego está localizado no campo emocional do homem, muitas vezes podemos até pensar retamente, organizadamente em torno do assunto, mas não saber aplicar exatamente por causa desse campo emocional obtuso pelo sentimento do apego. A partir daí, nós também poderemos dizer que é indispensável trabalhar essas emoções para que possamos desenvolver melhor os sentimentos de desapego e sermos mais felizes na utilização dos bens materiais. Um outro ponto que podemos falar rapidamente, é que se algumas vezes não temos consciência do apego aos bens terrenos, podemos identificá-los no apego as pessoas, as idéias, aos pontos de vista, as opiniões e aí vamos vendo, que é com esse material, que vamos construindo um pensamento e um sentimento que vibra fora das leis de Deus causando-nos sofrimento e fazendo sofrer aqueles que conosco vivem. Trabalhando esses sentimentos, teremos como conseqüência, a clareza de idéias e de sentimentos fazendo-nos ver que a riqueza é um elemento de progresso nas mãos de quem sabe usar, ou seja, nas mãos que soube trabalhar a si mesmo. É ainda a riqueza um poderoso meio de ação para o progresso, nos auxiliando a trabalhar o sentimento de abnegação, ponto culminante da caridade, pois sabemos que fora da caridade não há salvação! Quanto mais trabalharmos a nós mesmos, mais saberemos usar tudo aquilo da vida material em nosso benefício e em benefício do outro, pois que a riqueza nos trazendo o progresso intelectual, irá ajudar ao Homem que trabalha, o seu processo de reforma íntima, a pensar como desenvolver com o bem que possui o progresso coletivo. Vamos recordar uma pequena história, em que um homem, estando perto de desencarnar chamou seus três filhos, dizendo a eles: - tenho uma sala vazia e quero que os três tenham a idéia de como encher de alguma coisa esta sala. Aquele que preencher a sala com algo mais leve, será aquele que herdará a minha fortuna, porque saberá administrar em benefício coletivo tudo o que possuo. Os três filhos se foram e depois de cumprida a tarefa voltaram para dizer ao pai como cada um preencheu aquela sala. O primeiro disse que havia enchido a sala de algodão. Era o que ele havia achado de mais leve; o segundo disse que havia enchido a sala de palha; e o terceiro disse que achou mais fácil e mais leve encher a sala de luz com um palito de fósforo. O homem então disse para o terceiro filho: - É contigo que ficará a minha fortuna, porque provaste com pouca coisa como devemos usar a nossa inteligência. Diante dessa história, nós percebemos o quanto poderemos solucionar bem questões tão complexas, quando temos a simplicidade de coração. Esta história nos leva a refletir por muitos ângulos, mas aqui dentro do tema, nós queremos ressaltar a previdência e a prudência de um pai que soube dar uma grande lição aos seus filhos. E nós, diante desse assunto, como estamos? Será que somos capazes de desdobrar questões desse tema conosco mesmos, na intimidade do nosso ser? Como anda o nosso pensamento e nosso sentimento em torno dessas questões? Será que muitas vezes não estamos trazendo transtornos em nossos relacionamentos afetivos, familiares, profissionais, sociais por causa do sentimento do apego? Seria muito interessante aproveitarmos essa oportunidade , que certamente, não é apenas para conhecermos ou lermos o assunto. Seria proveitoso trazermos isso para o nosso auto-conhecimento e consequentemente termos uma medida de como estamos diante dessas questões. É para isso e por isso que a Divulgação da Doutrina Espírita ajuda, e muito, em nossa transformação moral, para que possamos ser, a cada assunto estudado, pessoas melhores Que Deus abençoe os nossos corações e que os nossos guias espirituais nos auxiliem a rever esses conteúdos em nós. Paz em nossos corações! Oração Final: E assim querido Mestre Jesus, nós Te agradecemos por tudo que recebemos Senhor, na noite de hoje e Te rogamos uma vez mais, permanece conosco, nos auxiliando, nos ajudando a trabalhar em nós aquilo que precisamos trabalhar em torno dos ensinamentos que foram dados. Que Tu possas nos aconchegar na Tua mansuetude e na Tua paz. Que seja em Teu nome, em nome dos amigos espirituais, em nome de Deus nosso pai, possamos dar por encerrado os estudos da noite de hoje. Graças a Deus!