ESTUDO ESPÍRITA PROMOVIDO PELO IRC-ESPIRITISMO HTTP://WWW.IRC-ESPIRITISMO.ORG.BR CENTRO ESPÍRITA LÉON DENIS HTTP://WWW.CELD.ORG.BR TEMA:“ AJUDA-TE A TI MESMO, QUE O CÉU TE AJUDARÁ. O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – CAPÍTULO XXV, ITENS 1 A 5. EXPOSITOR:Flávio Mendonça JOÃO PESSOA 13/08/2005 Prece Inicial: Querido e amável Pai celestial! Ilumina-nos nesta bela noite de estudo.Que possamos reter o que há de melhor, no estudo que será proposto, de acordo com nossas necessidades, que os conhecimentos que nosso querido irmão irá passar possam ser compreendidos por todos nós, aprendizes eternos. Pedimos a iluminação necessária para o nosso querido palestrante, objetivando o estudo completo do tema proposto a fim de ajudar em nossa grande reforma íntima. Que os benfeitores espirituais que aqui estão presentes possam nos auxiliar para a efetivação de um estudo sério e saudável. Que assim seja! Exposição: Graças a Deus, em nome de Jesus, dos espíritos superiores, do mentor desse trabalho, nossos agradecimentos! Caros amigos, estudiosos das verdades espirituais, meu desejo de muita Paz. Hoje estudaremos o capítulo XXV, itens 1 a 5 do ESE - Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará. BUSCAI E ACHAREIS; BATEI E ABRIRSE-VOS-Á. Muitas vezes nos é difícil o entendimento dessas máximas do Cristo. Presos às nossas superficialidades, encaramos os seus ensinamentos como algo distante, como uma utopia moral. Evidente que isso é fruto de nosso pouco discernimento ou de nossa pouca reflexão. Em Thiago 2, o apóstolo dizia que a Fé sem obras é morta. Por sua vez, também dizia que vivemos pela fé no Cristo, nosso senhor. Ora, com base nisso, acabamos por nos fixar no nosso imediatismo e comodismo, e atribuímos um valor apenas teórico para a fé. Quantos de nós não professamos uma fé apenas pelas palavras pronunciadas, mas que não resiste aos primeiros desafios da vida? Creio que o apóstolo quis mostrar que a fé é a força que realiza o trabalho, que nos faz agir em busca de um objetivo, seja ele material ou espiritual. Evidente que o homem prudente, que tem lucidez, busca o valor permanente e não o transitório. Por isso desposa dos valores da alma em detrimento dos materiais. Kardec fala da fé como sendo algo acessível, que sem uma fé raciocinada, que não enfrente frente a frente à razão em todas as épocas da humanidade, não seria uma fé válida. Neste caso, creio que o apóstolo e Kardec estavam dizendo a mesma coisa. Quando o Cristo pronuncia essa máxima acima, ele quis nos induzir ao trabalho, cujo esforço que enseja não estamos isentos. É fator primordial enquanto habitamos esta condição material. Todavia, após superar a fase em que se encontra, o espírito, através do esforço próprio, encontrará novas perspectivas que atendam as suas necessidades. Naturalmente, como o Princípio Inteligente evolui continuamente, chegará à hora em que suas necessidades serão apenas morais e não mais materiais como vemos em nossa condição humana. Atinge aí a plenitude espiritual alçando agora novos vôos além da compreensão humana. Mas até lá, a lei do trabalho é inexorável. E isso não se constitui uma punição, mas antes uma benção, pois, o Principio Inteligente só atinge os diversos graus da escala evolutiva através do próprio labor. Em cada encarnação novos valores são adquiridos. Gravada e fixada a partir do perispírito, segue adiante como uma herança que devemos burilar, atendendo assim aos preceitos do alto. Deus, na sua infinita bondade e justiça, nos favorece, através da alegria que logramos quando atingimos nossos objetivos mais sublimes. Podemos verificar que a cada etapa completada uma certa paz nos acomete. Uma certa sensação de dever cumprido, e que nossa consciência acusa como benéfica. Chamamos quase sempre de paz interior, paz de espírito, mas é de fato a idéia inerente a todos da tarefa realizada. No entanto, é preciso que trabalhemos pelo progresso a fim de que ele se faça em nós. Na natureza, tudo trabalha. Não um trabalho voltado para o ganho material, mas toda ela atende aos preceitos do progresso. As plantas, os animais, os homens necessitam desse esforço para que atinjam a patamares mais promissores. Cada qual no seu nível próprio de esforço conforme o que foi oferecido. Não exigiríamos de bom senso um trabalho árduo para uma criança em tenra idade. Seria sensato que nós oferecêssemos para elas apenas atividades proporcionais a sua capacidade física e psicológica. Da mesma forma são todos os instrumentos da orquestra divina. Como o maestro é sábio, a orquestra jamais desafinou. No sentindo moral, essa máxima mais efeito tem. É que a condição conquistada pelo homem, pelo espírito, é a de moralidade crescente. Ao atingir a consciência de si mesmo, o espírito construiu um arcabouço psíquico que o induz a pensar no certo e errado, mesmo que isso seja subjetivo e relativo. Mas é uma condição inerente ao principio inteligente que atingiu a condição de espírito, de ser inteligente da criação. De posse disso, todas as suas necessidades reais voltam-se à moralidade. Evidente que muitos não têm plena consciência disso, mesmo porque ainda vivem na superfície do pensamento que ainda não despertou para o chamado do alto. Navegam ainda entre o rochedo e o mar das aflições intimas. O instinto, as sensações ainda são fatores preponderantes na sua realidade interior. No entanto, ensaiam as necessidades do alto. Devotam-se, inconscientemente, em algo além da matéria. Vislumbram uma divindade antropomórfica, mas que está além da forma concebida no seu cotidiano. O próprio Cristo reconhecendo isso, falou em João 4:23 “Dia haverá que o homem adorará a Deus em Espírito e Verdade”. Percebendo que o alto só chega quando o homem começa seu amadurecimento, colocou essa máxima, hoje compreensível. De fato, na medida em que o homem amadurece como espírito, começa a atuar com outra perspectiva. Migra do amor Eros para o amor Ágape, do egocentrismo para o altruísmo. Ver-se não mais como um ser isolado, mas como parte de um conjunto, onde todos estão interligados por algo maior que a matéria perecível. É um processo natural que acontece ao atingir certo patamar da consciência. É a lei do progresso, aliada a lei do trabalho instituindo o espírito na sua condição de viajante rumo à plenitude espiritual. Portanto amigos, não nos queixemos doravante dos percalços que encontramos diante de nós, pois, diferente de serem nossos empecilhos, são nossos desafios nos convidando à plenitude, à glória celestial que nos aguarda. Busquemos a Deus, oremos e agradeçamos por todas as dádivas recebidas. Não existe ninguém tão pobre que não tenha recebido bilhões de bênçãos, e nem tão rica que deva desprezá-las. Que Jesus nos abençoe hoje e sempre! Perguntas e Respostas: [01] Foi dito que fazemos parte de um conjunto. Mas, a nossa atuação nesse conjunto se dá de forma bem individual quanto ao ato, contudo, podendo ter a mesma intenção que é parte integrante de vários outras. Correto? Poderia nos esclarecer melhor essa questão da individualidade e a nossa ação através de seu uso? Ótima questão! Nos dá ensejo de maiores esclarecimentos. O espírito, à medida que se depura, percebe que já não é mais um ser isolado. Percebe que há um conjunto de coisas que lhe beneficia. Percebe também que algo superior a sua compreensão cria benefícios a seu favor. Nasce aí a idéia de solidariedade, de fraternidade. Isso é fruto de uma compreensão mais larga conquistada através do seu próprio burilamento íntimo. Esse processo se dá a partir do instante que se torna consciente de si, e começa sua evolução como espírito. Não foi a toa que Jesus disse: " Um dia será um só rebanho para um só pastor" , fazendo alusão às necessidades de todos de atenderem ao chamamento do despertar do espírito para sua realidade imorredoura. (t) [02] O estudo nos mostra a importância de não apenas pedirmos, sem nos esforçarmos para conseguir o que desejamos. Isto é fundamental, a meu ver, já que é bem mais cômodo pedir e esperar que as coisas caiam do céu, não? Certamente Deus, nosso Pai, não criou fantoches, mas sim seres para crescer e desenvolver com objetivos maiores que por hora se quer imaginamos. A evolução faz parte da Lei do Trabalho e da Lei do Progresso. (t) [03] Comentou-se, logo no final, que tanto os pobres quanto os ricos têm as mesmas oportunidades de progresso. Como a justiça divina atua nesse aspecto? E se a justiça aplica-se na igualdade de oportunidades, qual a razão da riqueza ou pobreza para a nossa vida? Temos estabelecida a Lei de Causa e Efeito. A questão é levarmos em conta o espírito imortal. Se não compreendermos isso, evidente que tudo parece uma grande injustiça divina e nós fantoches a serviço do criador. Ora, admitindo-se sua perfeição, isso se torna sem sentido. Daí os Espíritos nos mostrarem que só pelas múltiplas experiências na carne podemos depurar o espírito a fim de atingirmos a plenitude. Daí os Espíritos nos mostrarem que só pelas múltiplas experiências na carne podemos depurar o espírito a fim de atingirmos a plenitude. Dessa forma, a explicação está na reencarnação. Sem isso, não haveria o sentido de justiça. [04] Não vejo como possuírem eles as mesmas oportunidades. Não consigo enxergar dessa forma... muitos dizem "o sol nasce pra todos", mas na prática não vejo como isso poderia se aplicar. Quem nasce em um lugar sem saneamento, violento, com ensino público de má qualidade não tem as mesmas oportunidades dadas a quem advém de família de classe média ou alta. Como expus, a questão é de paradigma: Levando-se em conta a hipótese espírita, ou seja, da reencarnação, tudo é conseqüência de ações pretéritas. A dor de hoje é sempre fruto de uma ação em desarmonia do passado. Estamos aqui justamente aprendendo as leis naturais a fim de nos ajustarmos à obra divina. Portanto, o miserável de hoje está aprendendo a renúncia das coisas materiais. O rico a prova do poder e da humildade. Enfim, há justiça porque todo efeito tem uma causa lhe dando origem. [05] Desculpe a ignorância, mas se o mundo é tão antigo e as reencarnações vêm se sucedendo há milênios porque não vislumbramos um mundo melhor de pessoas melhores espiritualmente, mas vemos cada dia mais o terrorismo dominar o mundo? Ótima questão! Imaginemos uma casa onde moramos, mas que de certa forma sentimos necessidades de reformas. Ao iniciarmos a reforma, tudo se transforma num transtorno sem fim. Os homens passam por dentro da casa, removem móveis, colocam terra, poeira, enfim, tudo fica um tormento. No entanto, após a reforma, passamos a gozar de cômodos mais atraentes e confortáveis. Da mesma maneira é nossa reforma como humanidade. Estando no meio das mudanças, quando atingirmos o ápice, ou o que Jesus chamou de final dos tempos, compreenderemos que somos nós os responsáveis por tudo, e que nós mesmos é que vamos arrumar o mal feito. O materialismo terá atingido o seu apogeu, e suas conseqüências será o nosso maior ensinamento para entendermos que só seremos felizes se atendermos ao chamamento do Cristo quando disse: Fazei ao próximo o mesmo que queres para ti mesmo. [06] O tema do estudo é nós nos ajudarmos, que o céu nos auxiliará também. Se eu tenho a verdadeira intenção de me ajudar, logicamente estarei aberto para opiniões que me influenciem. Não seria importante tratar um pouco de que forma deveríamos nos ajudar? Posto que, de acordo com minha sintonia, o nosso pedido de ajuda poderia vir de fontes sábias ou ignorantes. Boa observação. De fato o trabalho é o nosso elemento, pois, é pela experiência que o espírito se depura. Evidente que os bons exemplos dos homens de bem nos favorece e nos estimula. Mas o fator principal mesmo é nossa bagagem como espírito. Isso é o fator que nos faz mudar. São as virtudes que nos levará a uma mudança efetiva, mas ela só se dá com o espírito necessitando da ação verdade, mas ela só se dá com o espírito necessitando da ação verdadeira e sincera. Prece Final: Vamos tranqüilizar nossas mentes, elevar nossos pensamentos. Amado Mestre, muito obrigada por mais uma oportunidade de aprendizado .Agradecemos a nosso amigo Flávio pela caridade e aos nossos amigos das esferas de luz que nos ajudaram na realização deste trabalho .Que possamos passar adiante tudo o que aprendemos hoje e sempre e que possamos estar presentes no próximo estudo.Muito obrigada! Que assim seja!