ESTUDO ESPÍRITA PROMOVIDO PELO IRC-ESPIRITISMO HTTP://WWW.IRC-ESPIRITISMO.ORG.BR CENTRO ESPÍRITA LÉON DENIS HTTP://WWW.CELD.ORG.BR TEMA:" QUEM É MINHA MÃE E QUEM SÃO MEUS IRMÃOS?" O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - CAPÍTULO XIV - ITENS 5 A 7 EXPOSITORA: APARECIDA CRUZ RIO DE JANEIRO 23/07/2003 Dirigente do Estudo: Jailton Pinheiro Oração Inicial: Senhor Jesus, aqui estamos mais uma vez, reunidos em Teu nome, com o objetivo de estudar a Tua doutrina de luz, com os esclarecimentos que nos traz a nossa querida doutrina espírita. Que as bênçãos dos céus recaiam sobre todos os presentes, e que Tu possas, em especial, abençoar nossa amiga Aparecida, que tem a responsabilidade do estudo. Que os bons Espíritos a sustentem nesta noite. Que em Teu nome, em nome dos amigos espirituais, dirigentes desta tarefa, possamos dar início a mais um estudo espírita promovido pelo IRC-Espiritismo. Que assim seja! Mensagem Introdutória: SERES AMADOS "Aquele que ama a seu irmão permanece na luz e nele não há nenhum tropeço." (I João, 2:10.) Os seres que amamos!... Com que enternecimento desejaríamos situá-los nos mais elevados planos do mundo!... Se possível, obteríamos para cada um deles um nicho de santidade ou um título de herói!... Entretanto, qual ocorre a nós mesmos, são eles seres humanos, matriculados no educandário da vida. E, nos círculos das experiências em que se debatem, como nos acontece, erram e acertam, avançam na estrada ou se interrompem para pensar, solicitando-nos apoio de compreensão. Assim como estamos em luta a fim de sermos, um dia, o que devemos ser, aprendamos a amá-los como são, na certeza de que precisam, tanto quanto nós, de auxílio e encorajamento para a necessária ascensão espiritual. Nunca exigir-lhes o impossível, nem frustrar-lhes a esperança. Doemos a cada um a bênção da estima sem requisições descabidas, acatando as experiências para as quais se inclinem e respeitando os tipos de felicidade que elejam para si próprios. Todos somos viajores do Universo com encontro marcado numa só estação de destino - a perfeição na imortalidade. À face disso, e levando em consideração que nos achamos individualmente em marcos diferentes da estrada, se queremos auxiliar aqueles a quem amamos, abençoá-los com o nosso afeto, cultivemos, à frente deles, a coragem de compreender e a paciência de esperar. Emmanuel Do Livro: Ceifa de Luz Psicografia: Francisco Cândido Xavier Editora: FEB Exposição: Amados amigos, o estudo da noite de hoje é um dos que mais toca aos nossos corações. Dado que a grande maioria de nós temos dificuldades no relacionamento familiar. Na passagem dos Evangelhos de Marcos e Mateus, Jesus está junto a um grupo de amigos e sua mãe e seus irmãos chegam para chamá-lo. Encontramos, inclusive, anotação de que seus irmãos achavam que Jesus "havia perdido o espírito", que à época queria dizer que a pessoa estava louca. Sabemos que nesses momentos Jesus estava divulgando a boa nova e quando Jesus responde diz a todos: "Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?" E olhando aqueles que estavam sentados à volta dele disse: "Eis aqui minha mãe e meu irmãos, porque todo aquele que faz a vontade de Deus esse é meu irmão e minha mãe." No item 6, Kardec nos leva a raciocinar que estas palavras parecem estranhas se ditas pelo Cristo e que os incrédulos não deixaram de fazer disso uma arma, dizendo que ele se contradizia a si mesmo. Já que sua doutrina tem como base fundamental a lei de amor e de caridade. E que não podia destruir de um lado o que estabelecia de outro. Kardec conclui que as palavras que atribuem a Jesus foram mal reproduzidas, mal compreendidas ou não lhe pertencem. A Doutrina Espírita vem trazer com a idéia da reencarnação e da lei de simpatia e antipatia entre os Espíritos uma explicação bastante clara para esta passagem do Evangelho. Aqueles Espíritos que compõem a nossa família, muitas vezes, não são Espíritos simpáticos a nós, são almas, algumas vezes, que tivemos relacionamentos não muito bem resolvidos em outras existências. Outras vezes, são Espíritos que estão juntos de nós pela primeira vez, dado as circunstâncias que a nossa família vivencia na atual existência. E nessa primeira vivência em comum, muitas coisas podem parecer difíceis, já que são almas que têm, cada uma, sua personalidade própria. Deste princípio, partem as divergências de opiniões em que na convivência diária ou nos momentos difíceis, onde precisa-se chegar a um consenso, as opiniões divergentes geram conflitos que, muitas vezes, não encontram soluções imediatas. Levando até, algumas vezes, a ruptura desses laços. Que conceitos a mais a Doutrina Espírita nos oferece em torno deste assunto? Vamos dizer que os Espíritos têm nos confirmado que estamos na família certa e com as pessoas certas, o que deixa muitas pessoas em dúvida com relação ao conceito básico da reencarnação (causa e efeito). Sempre que estamos diante de corações que pensam diferente do nosso modo de ver, precisamos ter sempre em mente que futuro esperamos desta relação familiar. Com isso, estaremos buscando trabalhar um pouco mais o conhecer o nosso próximo, entendendo seu modo de pensar e reagir às nossas idéias e às circunstâncias. Na literatura de Joanna de Ângelis, encontramos muitos recursos que nos auxiliam a entender esse processo. Ela nos diz que quando ainda somos imaturos, estamos sempre esperando que as pessoas nos compreendam e que a nossa felicidade depende de que elas se modifiquem. Ela prossegue o seu raciocínio nos dizendo que o Espírito amadurecido procura primeiro conhecer-se a si mesmo para melhor entender o próximo e que não devemos nos queixar das atitudes infelizes de nosso próximo para conosco, porque o resultado dessas atitudes em nós será exatamente do tamanho da nossa capacidade de compreender a posição deste mesmo próximo. Nós somos o resultado do que deixamos que os outros façam conosco. Somos senhores do nosso pensar e do nosso reagir. Para isso, em família, como temos nos relacionado e procurado entender os que conosco convivem diretamente? Ainda somos daqueles que nos deixamos facilmente irritar com as situações desagradáveis dentro do lar? Se já amadurecemos, vamos compreender, exatamente, a posição de cada familiar, esperando de cada um, exatamente, o que ele pode dar. Assim, agindo amadurecidamente, estaremos não só crescendo espiritualmente como levando o outro a pensar sobre as conseqüências de suas atitudes. Relembrando Emmanuel, na página inicial, onde ele nos diz que nunca devemos exigir o impossível, nem frustrar a esperança do nosso familiar, estaremos buscando essa convivência mais pacificado. Numa família onde haja da parte de seus componentes o desejo sincero de buscar o progresso mútuo, e todos estejam caminhando numa mesma direção, fica bem mais fácil essa atitude. Na realidade, ainda temos muita dificuldade para assim fazê-lo, mas assim como muitas vezes gostaríamos que algo que muito nos trouxe a dor não tivesse acontecido, o nosso familiar, da mesma forma, espera que também não sejamos o agente de sua dor. E nessa busca, vamos um conhecendo melhor o outro para que venhamos a melhorar, cada vez mais, a nossa relação familiar. É bem verdade que famílias existem onde os Espíritos ali reencarnados trazem compromissos graves uns para com os outros e que mesmo com o conhecimento da Doutrina Espírita os componentes dessa família sentem dificuldades para até conversarem uns com os outros. Nesses casos, a própria doutrina nos esclarece que muitas vezes são necessárias outras experiências reencarnatórias onde o mesmo grupo familiar irá retornar junto. Felizmente, esses casos não são os mais freqüentes. Na maioria das famílias há problemas de relacionamento, mas que trabalhando-se a vontade de progresso mútuo, a família consegue vencer essas dificuldades. E quem é a Sua família para Jesus? Ele nos diz: "É todo aquele que faz a vontade de meu Pai." Sabemos que Jesus, nesta passagem, está nos ensinando que todo aquele que se esforça para cumprir as leis de Deus está em sintonia com Jesus, podendo considerar-se como "seu irmão" e que essa idéia se amplia para todos, porque, afinal de contas, sabemos que todos nós estamos progredindo. Esta simbologia nos ensina também que é "nossa família" aqueles que comungam as mesmas idéias conosco. Encontramos grupos de amigos que sentem-se muitos felizes, quando juntos, e que não conseguem realizarem-se afetivamente dentro do próprio lar. Isso é uma prova da idéia que Jesus tentava nos passar com relação às leis de simpatia e antipatia entre os Espíritos. Vamos concluindo nossos estudos com a idéia tão bela que a Doutrina Espírita nos traz de que afinal somos todos uma só família e que aqueles que tendo atingido um grau de maior compreensão das leis de Deus, conseguem relacionar-se com o seu próximo sem quaisquer preconceitos ou idéia de transformá-lo. Essas almas já conseguem viver, em seu mundo íntimo, uma felicidade que a maioria de nós ainda não vivenciamos, mas já podemos começar o nosso esforço tentando ver o nosso familiar como alguém que também pensa, tem seus sentimentos, direito às suas escolhas e de ser como é. Assim como nós também gostamos que as pessoas respeitem o nosso modo de ser, de pensar e de sentir. E num futuro bem próximo, estaremos vivendo a alegria das relações, sem barreiras, sem dificuldades, onde todos se respeitem. Oração Final: Senhor Jesus, nós agradecemos pelo Teu amor, pelos Teus ensinamentos, onde junto contigo aprendemos e se ainda não estamos juntos àqueles que amamos e que nos amam, precisamos aprender a cativar essas almas para que de futuro sejam amigas sinceras e que com valores maiores construídos sejam nossas famílias espirituais. Que o Teu amor abençoe a todos os lares e que cada um de nós, cada vez mais, com conhecimento que a Doutrina Espírita nos traz, se esforce para conquistar o auto-conhecimento e assim melhor compreendermos aqueles que conosco convivem. Que assim seja!