ESTUDO ESPÍRITA PROMOVIDO PELO IRC-ESPIRITISMO HTTP://WWW.IRC-ESPIRITISMO.ORG.BR CENTRO ESPÍRITA LÉON DENIS HTTP://WWW.CELD.ORG.BR TEMA:" PARENTESCO CORPORAL E PARETENSCO ESPIRITUAL." O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - CAPÍTULO XIV - ITEM 8 EXPOSITORA: LÚCIA OLIVEIRA RIO DE JANEIRO 30/07/2003 Dirigente do Estudo: Jailton Pinheiro Oração Inicial: Senhor Jesus, aqui estamos reunidos em Teu nome, com o objetivo de aprender mais um pouco os Teus ensinamentos, com a luz que a doutrina espírita nos proporciona. Que os bons Espíritos nos orientem, nos ampare nesta tarefa e que proporcionem momentos agradáveis, de muita paz e de muita harmonia. Que em Teu nome, Senhor, em nome de Deus e da espiritualidade amiga que dirige nossos trabalhos, possamos dar início a mais um estudo de "O Evangelho segundo o Espiritismo". Que assim seja! Mensagem Introdutória: FAMILIARES "Porquanto qualquer que fizer a vontade de Deus esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe." Jesus - Marcos, 3: 35. "Há, pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais. Duráveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam, no mundo dos espíritos, através das várias migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e, muitas vezes, se dissolvem moralmente já na existência atual." Cap. XIV, 8. Parentela - instituto primário de caridade. Fora do lar, é possível o sossego na consciência, distribuindo as sobras do dinheiro ou do tempo, aliás, com o mérito de quem sabe entesourar a beneficência. Nada difícil suportar o agressor desconhecido que raramente conseguiremos rever. Nenhum sacrifício em amparar o doente, largado na rua, a quem não nos vinculamos em compromisso direto. Em casa, porém, somos constrangidos ao exercício da assistência constante. É aí, no reduto doméstico, por trás das paredes que nos isolam do aplauso público, que a providência divina nos experimenta a madureza mental ou o proveito dos bons conselhos que ministramos. Nós que, de vez em vez, desembolsamos sorrindo pequena parcela e recursos amoedados, em benefício dos outros, estamos incessantemente convocados a sustentar os familiares que precisam de nós, não apenas mobilizando possibilidades materiais, mas também apoio e compreensão, disciplina e exemplo, resguardando as forças que nos asseguram felicidade. Anseias por encargos sublimes, queres a convivência das entidades superiores, sonhas com a posse dos dons luminescentes, suspiras pela ascensão espiritual!... Contempla, no entanto, o espaço estreito que te serve de moradia e lembra-te da criança na escola. Em cada companheiro que partilha a consangüinidade, temos um livro de lições que, às vezes, nos detém o passo por tempo enorme, no esforço da repetência. Cada um deles nos impele a desenvolver determinadas virtudes; num, a paciência, noutro, a lealdade, e ainda em outros, o equilíbrio e a abnegação, a firmeza e a brandura! A pretexto de auxiliar a humanidade, não fujas do cadinho fervente de lutas em que a vida te colocou sob o telhado em que respiras. Ainda mesmo ao preço de todos os valores da existência física, refaze milhares de vezes, as tuas demonstrações de humildade e serviço, perante as criaturas que te cercam, ostentando os títulos de pai ou mãe, esposo ou esposa, filhos ou irmãos, porque é de tua vitória moral junto deles que depende a tua admissão definitiva, entre os amados que te esperam, nas vanguardas de luz, em perpetuidade de regozijo na Família Maior. Emmanuel Do Livro: Livro da Esperança Psicografia: Francisco Cândido Xavier Editora: CEC Exposição: Que o Senhor Jesus nos abençoe a noite de estudos, para que possamos aproveitar essa oportunidade que está sendo concedida. Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Essa é a resposta que os espíritos deram a Kardec na questão 132 do L.E. quando ele perguntou qual o objetivo da encarnação. Para atingirmos esse objetivo, a perfeição, o Pai nos concede variados recursos para que possamos desenvolver valores no cumprimento de sua Lei de Amor. Entre os vários benefícios que recebemos da Misericórdia Divina, destacamos a proteção dos benfeitores espirituais e a família que nos acolhe, que pode não ser o grupo da própria festividade entre os corações generosos e dignos, mas o clã onde temos necessidade de aprimorarmo-nos pela paciência, pela resignação, pelo silêncio e pela bondade, preparando-nos para o enfrentamento com os demais grupos sociais onde devemos desenvolver os objetivos superiores da existência como nos fala Joanna de Ângelis. No caso, onde os laços consangüíneos não reúnem espíritos ligados pela afeição e simpatia e identidade de inclinações, situação que expressa a ligação espiritual como nos fala o item 18 do Capítulo IV do E.S.E., reconheceremos o lar como forno edificante onde aqueceremos em nossos corações o sentimento da caridade, lembrando-nos que ditosa é a oportunidade de estarmos juntos para o amparo mútuo, se desculpando as ofensas que nos permitimos anteriormente, encontrando novo rumo emocional para a experiência da felicidade. Nesse instituto primário, aprenderemos a viver em sociedade, a respeitar o próximo, a amar verdadeiramente o outro, pois amar o que está distante é muito fácil, por estarmos vestidos do verniz social. Dentro do lar, onde somos o que realmente somos, é que sentiremos a necessidade de dilatar nossa compreensão, paciência e fraternidade para o bem geral, aprendendo a fazer a sua parte para o bem geral. Dentro do lar, o homem estará capacitando-se para atuar em favor do bem nos ciclos em que vive ampliando sempre, contribuindo assim para a melhoria do planeta que o acolhe, pois como nos fala a benfeitora Joanna de Ângelis no livro "Garimpo de amor", qualquer contribuição de afeto, por pensamento, mediante palavras e através de atos, encarrega-se de tornar menos densa a psicosfera em que se movimentam os seres, menos venenoso o ódio que campeia desenfreado. Ainda nos fala o cap. XI do item IX do E.S.E.: "O amor é o imã o qual o coração humano, mesmo que se mostre insensível ou endurecido, cede, pois não resiste. E o contato desse amor vivifica e fecunda os germes dessa virtude que está em nossos corações em estado latente". Cabe-nos, então, aproveitar a ligação consangüínea para ampliar a nossa afeição, quando os laços da família corporal, reunirem espíritos estranhos uns aos outros. O parentesco espiritual reúne, como falamos anteriormente, os firmados pela simpatia e pela comunhão de pensamentos, laço esse que é duradouro e que se fortifica pela depuração e se perpetuam. Muitas vezes encontraremos essa ligação dentro do próprio lar, outras vezes, fora dele. O que nos cabe ressaltar é que esses espíritos se buscam uns aos outros e como a lei é de solidariedade, esses elos devem contribuir para a sua ampliação, proporcionando assim a ligação com a humanidade irmã. Esse é o objetivo: olhar para o próximo como um irmão, pois somos filhos de um mesmo Pai, para isso é necessário trabalhar a sublimação do sentimento para atingir o seu ponto mais elevado que é o amor. Assim, nossos atos e pensamentos serão efeitos do ato de amar. O que não podemos é mantermo-nos passivos buscando ser amados e não trabalhando-se para amar. Como nos fala Joanna de Ângelis no Livro supra citado, enquanto se deseja ser amado, embora não amando, ser compreendido, apesar de não ser compreensivo, não se atinge a meta do desenvolvimento espiritual. No ser que assim age, permanece a infância psicológica que se deseja auferir sem dar, o desfrutar sem oferecer. O amor compraz-se na reciprocidade, porém não a torna indispensável, porque existe com a finalidade exclusiva de tornar feliz aquele que o cultiva, enriquecendo aquele outro a que se dirige. Assim sendo, teremos uma oportunidade ímpar na convivência com a nossa parentela corporal, de dilatarmos a nossa capacidade de amar na compreensão de que estamos na família com as pessoas certas que nos facultarão esse despertar de valor, ou seja, o sublime sentimento do amor. Tenhamos sempre confiança na Bondade de Deus que nos concede aquilo que necessitamos para atingirmos aquilo que mais aspiramos: A felicidade. Que Deus nos abençoe e nos fortaleça nesta proposta de sublimarmos os nossos sentimentos. Oração Final: Senhor Jesus, Te agradecemos por mais esse momento de estudo do Evangelho. Que tudo que aprendemos nesta noite possa ser incorporado ao nosso espírito imortal, de modo a que nos transformemos em seres melhores, mais aprimorados moralmente. Que as bênçãos do Pai caia sobre cada um de nós, neste momento. Que em Teu nome, Senhor, possamos dar por encerrada a nossa reunião da noite. Que assim seja!