Estudo Espírita Promovido pelo IRC-Espiritismo http://www.irc-espiritismo.org.br Centro Espírita Léon Denis http://www.celd.org.br Tema Extra: Finados Expositor: Carlos Alberto - Cacs Rio de Janeiro - RJ 01/11/2003 Dirigente do Estudo da Noite: Naema Oração Inicial: Querido Deus, obrigada pela oportunidade que nos é oferecida de estarmos nessa noite reunidos em volta do ideal maior, que é o aprendizado de nossa doutrina consoladora. Que possamos todos ser amparados nessa noite; recebendo os bons fluidos dos amigos espirituais que orientam nosso trabalho. Que nosso companheiro possa ser intuído nessa noite , que assim seja. Mensagem Introdutória: DESENCARNAÇÃO Os seres amados recebem, onde se encontram vivos após a morte, os dardos da revolta negativa para eles como as lembranças afáveis do amor. O pensamento é força vital gravitando no Universo. Ímã poderoso mantém sua própria força e atrai as ondas semelhantes que nele se fixam ou às quais se liga. Assim, recorda os teus mortos com alegria e ternura, mesmo que isto te pareça paradoxal. A morte não visita apenas o teu lar. Passa por todas as portas, invariavelmente. Se amas, conforme dizes, atesta-o com nobreza e não por meio da insensatez. Uma memória que inspira desesperação, realmente não foi útil nem nobre. Somente o amor verdadeiro inspira ânimo e confiança, alegria e esperança. Coloca-te no lugar de quem partiu e considera a forma como te sentirias se foras a causa do infortúnio da pessoa que, dizendo amar-te, pensa em fugir, em vingar-se, em abandonar a vida... Refletirás melhor e transformarás a dor em flores de alegria, guardando a certeza de que o amanhã fará o teu reencontro com quem amas. A vida sempre devolve conforme recebe. Irisa o céu da tua saudade com a luz da oração pelos teus amados imortais. ... E começa a preparar-te para a vilegiatura que te alcançará logo mais. Rompe as algemas da paixão, quebra as peias do egoísmo, organiza o programa de liberação das mágoas, reflete nas dores e, quando chegar o teu momento, que nenhuma retentiva te prenda na retaguarda... Vivendo, está-se desencarnando a pouco e pouco. O golpe final resulta de todos esses pequenos morreres, que lançam a alma na realidade da consciência livre e indestrutível. Desencarnar é desembaraçar-se da carne. Morrer, literalmente, significa cessar de viver. Do ponto de vista espiritual, porém, morte é vida e vida no corpo pode afigurar-se como morte transitória da liberdade e da plenitude da lucidez. Vive, pois, de tal forma que, advindo a morte ou desencarnação, estejas livre e prossigas feliz. Joanna de Ângelis Do Livro: Após a Tempestade... Psicografia: Divaldo Pereira Franco Editora: LEAL Exposição: Saudações a todos. É sempre com enorme alegria que falamos sobre os temas com a ótica que a Doutrina Espírita nos traz. O tema finados é lembrado em nosso calendário terrestre (pelo menos aqui no Brasil) no dia 2 de novembro. Para onde partimos após a morte ? Partimos para a nossa verdadeira vida. Retornamos para a pátria espiritual. Somos espíritos, eternos e imortais. A Doutrina Espírita, não cansamos de repetir, "matou a morte". São os próprios Espíritos através das comunicações mediúnicas que se encarregam de nos contar as suas experiências, do outro lado da vida. E a partir das análises destas comunicações, e com o entendimento de Deus, da sua bondade, da sua misericórdia, morre também a idéia "de céu e inferno", morre a idéia das "penas eternas". Desta forma, a morte pode ser encarada como uma passagem, o atravessar de um plano (o material) para outro (o espiritual). Sem infernos e penas eternas, desaparece o diabo, o demônio. Logo, as nossas lembranças dos nossos entes queridos, neste dia de finados, ou em qualquer outro dia, deve ser a lembrança de alguém que partiu, para dar continuidade a sua vida, em outra dimensão. Trabalhando, estudando, refletindo, lendo, conhecendo, pesquisando, de acordo com seus interesses mais imediatos. Da mesma forma como devemos dar prosseguimento a nossa vida material, abençoada oportunidade de aperfeiçoamento. Se amamos aqueles que partiram, devemos combater nosso egoísmo e direcionar nossos pensamentos a Deus, rogando pela proteção ao ser amado, pois desta forma, aquele que partiu receberá as nossas preces, as nossas boas vibrações. Além do mais, durante o sono, é muito mais comum do que possamos imaginar, o encontro real, o encontro de espírito para espírito, pois os laços de amor e amizade são indissolúveis. São na verdade, eternos. Por que dizemos combater nosso egoísmo ? Porque é o egoísmo que nos leva muitas vezes aos desvarios, ao desespero, de querer que aquele que partiu estivesse "eternamente" ao nosso lado na vida material, vida que é transitória e passageira, acorrentados, presos, atados, sem perceber a beleza do momento de quem parte, não morrendo, mas se libertando da vida física. E Amor não combina com egoísmo. Não dizemos aqui que não haja sofrimento. Que devamos encarar friamente. Mas sofrimento equilibrado, ancorado na fé em Deus. Até porque a vida continua. A vida resplandece em todo o Universo. As nossas ligações de afeto também. Natural a lembrança daqueles que partiram, mas esta lembrança deve estar sedimentada na idéia da Bondade de Deus, da Misericórdia de Deus, que nos protege a TODOS, encarnados e desencarnados. Os nossos amados que se encontram do outro lado da vida, são sempre assistidos por outros espíritos, familiares ou devotados do bem. Logo, se a vida continua, se não existe inferno, pena eterna, demônios e diabos, e se quem partiu se libertou da vida material, se continuamos ligados pelos laços de amor e amizade com quem partiu, se buscamos conhecer os ensinamentos de Jesus, temos elementos suficientes para passarmos olhar o dia de finados com maior serenidade, com mais equilíbrio. E esta serenidade e equilíbrio alcançarão o ser amado. Façamos paz em nós para que esta paz se irradie e alcance o coração daqueles a quem amamos. Que Deus abençoe a todos nós. Que a paz de Jesus alcance a todos os necessitados. Perguntas/Respostas: 01. <_MaRIaO> No dia de finados os nossos parentes já desencarnados podem vir nos visitar? Conforme dissemos anteriormente, isto é muito mais comum do que podemos imaginar. Mais do que uma visita especificamente no dia de finados, nos encontramos muitas vezes durante o nosso sono, em que desprendidos do corpo físico, nossos corações se procuram... Acrescentamos que cada caso é um caso... Não basta simplesmente querer... Depende da condição daquele que partiu, depende das prioridades existentes, enfim, depende de uma série de fatores... Até mesmo acontecendo dos espíritos que não conseguem partir e ficam entre nós, em situação desaconselhável, pelo desequilíbrio que se encontram e que podem nos trazer... Mas de forma geral, os encontros acontecem sim, e naturalmente com os pensamentos mais fortes no dia de finados, maiores muitas vezes estes encontros. 02.<_MaRIaO> podemos nos comunicar com os desencarnados sem sermos médiuns? Depende do que chamamos comunicação e do que chamamos de médium. De maneira geral, todos somos médiuns. Desta forma, podemos nos comunicar com os desencarnados através dos pensamentos. Allan Kardec perguntou aos Espíritos: "Influenciam os Espíritos as nossas vidas ?" E eles responderam: Sim, muito mais do que imaginais. De ordinário são eles quem vos dirigem. Sob este aspecto, estamos em permanente comunicação com os Espíritos, embora não seja uma comunicação em que saibamos identificar o que é um pensamento nosso ou que é um pensamento do Espírito. Agora, uma comunicação direta, clara as nossas percepções materiais, aí, somente através de um médium. Isto pode se dá através da psicografia, (escrita), psicofonia (voz), vidência. Mas ressaltamos que a mediunidade é instrumento que deve ser utilizado com um fim útil, com o fim de atendermos aos nossos semelhantes. Deve ser utilizada para consolar, ajudar, auxiliar, encarnados e desencarnados. Não deve ser banalizada, ou utilizada para nosso interesses materiais. E principalmente, com Jesus. Seguindo seu ensinamento: "Dai de graça o que de graça recebeste".