Estudo Espírita Promovido pelo IRC-Espiritismo http://www.irc-espiritismo.org.br Centro Espírita Léon Denis http://www.celd.org.br Tema: Palestra sobre Finados LE Expositor: Andreia Azevedo - Safiri Osasco - São Paulo 03/11/2001 Dirigente do Estudo da Noite: Naema Oração Inicial: Senhor amado, estamos reunidos nessa noite para termos um pouco mais de esclarecimentos em relação à nossa amada Doutrina. Queremos aprender as mensagens que os bons espíritos nos transmitiram, que possamos abrir nossos olhos, ouvidos e corações. Que nossa palestrante possa ser intuída nas boas palavras. Agradecemos , Senhor , por essa oportunidade. Assim Seja Mensagem Introdutória: ESPÍRITAS DIANTE DA MORTE Toda religião procura confortar os homens, ante a esfinge da morte. A Doutrina Espírita não apenas consola, mas também alumia o raciocínio dos que indagam e choram na grande separação. Toda religião admite a sobrevivência. A Doutrina Espírita não apenas patenteia a imortalidade da vida, mas também demonstra o continuísmo da evolução do ser, em esferas diferentes da Terra. Toda religião afirma que o mal será punido, para lá do sepulcro. A Doutrina Espírita não apenas informa que todo delito exige resgate, mas também destaca que o inferno é o remorso, na consciência culpada, cujo sofrimento cessa com a necessária e justa reparação. Toda religião ensina que a alma será expurgada de todo o erro, em regiões inferiores. A Doutrina Espírita não apenas explica que a alma, depois da morte, se vê mergulhada nos resultados das próprias ações infelizes, mas também esclarece que, na maioria dos casos, a estação terminal do purgatório é mesmo a Terra, onde reencontramos as conseqüências de nossas faltas, a fim de extingui-las, através da reencarnação. Toda religião fala do céu, como sendo estância de alegria perene. A Doutrina Espírita não apenas mostra que o céu existe, por felicidade suprema no espírito que sublimou a si mesmo, mas também elucida que os heróis da virtude não se imobilizam em paraísos estanques, e que, por mais elevados, na hierarquia moral, volvem a socorrer os irmãos da Humanidade ainda situados na sombra. Toda religião encarece o amparo da Providência Divina às almas necessitadas. A Doutrina Espírita não apenas confirma que o amor infinito de Deus abraça todas as criaturas, mas também adverte que todos receberemos, individualmente, aqui ou além, de acordo com as nossas próprias obras. Os espíritas, pois, realmente não podem temer a morte que lhes sobrevém, na pauta dos desígnios superiores. Para todos eles, a desencarnação em atendimento às ordenações da Vida Maior é o termo de mais um dia de trabalho santificante, para que se ponham, de novo, a caminho do alvorecer. Emmanuel Do Livro: Justiça Divina Psicografia: Francisco Cândido Xavier Editora: FEB Exposição: Existem vários costumes e atitudes que a sociedade toma perante a partida do ente querido. O espírita a todos respeita, sejam costumes sociais ou religiosos, mas não os aceita a todos. E sempre age em função da realidade espiritual e não das aparências, pois sabe que os espíritos são mais sensíveis às lembranças que às homenagens. Os espíritos sentem-se sensibilizados com nossas lembranças, se são felizes essa lembrança aumenta-lhes a felicidade, e constituem-se em alívio para aqueles que são infelizes. No dia de finados os espíritos atendem ao apelo do pensamento como em outro dia qualquer, é a prece que enaltece o ato de lembrar, pouca importa o lugar ou momento se ela é ditada pelo coração. " Nos velórios , o espírita, não se desespera; mantém-se em atitude respeitosa, pois sabe que o espírito desencarnante está em delicada fase de desprendimento do corpo e de transformação de sua existência. Não usa velas, coroas, flores, pois o espírito não precisa dessas exterioridades; mas procura oferecer o que o desencarnante realmente precisa, que é o respeito à sua memória, orações, pensamentos carinhosos em favor de sua paz e amparo no mundo espiritual. É fraterno com os familiares e amigos do desencarnante, ajudando-os no que puder. Nos sepultamentos não adota luxo nem ostentação, nem se preocupa em erigir túmulos, mas lembra sempre com afeto os entes queridos já desencarnados e procura honrá-los com atos bons e carinhosos em sua homenagem. Ora sempre pelo bem estas e progresso espiritual dos desencarnados, mas sabe que não é indispensável ir aos cemitérios para isso, porque as vibrações alcançam o espírito, onde quer que ele esteja." (1) Isso não significa que o espírita se torne uma pessoa insensível frente a partida dos entes queridos. Ele terá a dor da separação. Mas tem a certeza de que é apenas isso, uma separação momentânea. Que nos reencontraremos no mundo espiritual e sem os sofrimentos que desencadearam o processo. O espírita sabe também que estará ligado ao ser querido através do pensamento, das boas lembranças e da prece. Para nossa reflexão vou colar um texto de Emmanuel: Eles Vivem Ante os que partiram, precedendo-te na Grande Mudança, não permitas que o desespero te ensombre o coração. Eles não morreram. Estão vivos. Compartilham-te as aflições, quando te lastimas sem consolo. Inquietam-se com a tua rendição aos desafios da angústia quando te afastas da confiança em Deus. Eles sabem igualmente quanto dói a separação. Conhecem o pranto da despedida e te recordam as mãos trementes no adeus, conservando na acústica do espírito as palavras que pronunciaste, quando não mais conseguiram responder as interpelações que articulastes no auge da amargura. Não admitas estejam eles indiferentes ao teu caminho ou à tua dor. Eles percebem quanto te custa a readaptação ao mundo e à existência terrestre sem eles e quase sempre se transformam em cirineus de ternura incessante, amparando-te o trabalho de renovação ou enxugando-te as lágrima quando tateias a lousa ou lhes enfeitas a memória perguntando porque. Pensa neles com a saudade convertida em oração. As tuas preces de amor representam acordes de esperança e devotamento, despertando-os para visões mais altas na vida. Quanto puderes, realiza por eles as tarefas em que estimariam prosseguir e tê-los-á contigo por infatigáveis zeladores de teus dias. Se muitos deles são teu refúgio e inspiração nas atividades a que te prendes no mundo, para muitos outros deles és o apoio e o incentivo para a elevação que se lhes faz necessária. Quando te disponhas a buscar os entes queridos domiciliados no Mais Além, não te detenhas na terra que lhes resguarda as últimas relíquias da experiência no plano material... Contempla os céus em que mundos inumeráveis nos falam da união sem adeus e ouvirás a voz deles no próprio coração, a dizer-te que não caminharam na direção da noite, mas sim ao encontro de Novo Despertar. ( Bibliografia consultada: Iniciação ao Espiritismo - Therezinha Oliveira (1); Obras Básicas da Codificação - Allan Kardec ) Perguntas/Respostas: 01 <^NaRa^> e mesmo que eu não tenha conhecido uma pessoa q já se foi ela pode sentir a vontade q tenho de senti-la?minha avó morreu 3 meses antes de eu nascer, não sei se pelo motivo de eu está preste a nascer eu sinto uma saudade imensa dela Nara, Sua questão é muito interessante . Pois eu tenho um caso semelhante ao seu. Eu sempre senti uma saudades imensa de um avo meu . E nunca o conheci. Pois, quando ele desencarnou, minha mãe nem havia se casado ainda. Ainda hoje, sinto a presença dele ao meu lado. Então, sim. Podemos sentir saudades de alguém que não conhecemos fisicamente. Mas porem, e nesse caso , com toda seguridade, ha conhecimento do passado , de outras vidas . São espíritos afins, espíritos familiares que sempre estão próximos a nos. Pois nos tem como "caros" a eles. 02 quanto a guardar os ossos dos mortos ? Devemos preservar ?é que minha família me acusa de não ter ido buscar os ossos da minha mãe mas eu não achei nenhuma utilidade, mas às vezes me sinto culpada... (T) Existe uma questão muito importante , que é o respeito que temos com nosso próximo. Sabemos q o ato de guardar os ossos , não implica que estaremos nos apegando , e não dever assim de fato, a quem já nos deixou . Mas significa que respeitamos o corpo ocupado por um espírito , querido por nos. O espiritismo, não vem impor regras. Mas vem elucidar-nos nossa vida hoje como espíritos encarnados e no futuro , desencarnados. Rejane, não creio em culpa.Como diz no próprio LE, nosso sentimento interior é o mais importante. Os ossos de sua mãe, não guardam relação com você. Ou seus familiares O importante é o sentimento de amor que emana de você por ela. Esse sentimento , ela percebe, os ossos, são matérias apenas. Sua mãe , sabe do amor exaltado por você. Tranquilize seu coração. não ha culpa. 03 <|^DaNieL^|> Obrigado. Agora a pouco pude presenciar a duvida de uma pessoa que também é a minha a respeito da frase que Jesus disse: "Deixai os mortos enterrarem seus mortos". Qual seria o real sentido da afirmação?? Ola Danieel. Como é dito no ESE, o corpo nada mais é do q uma vestimenta grosseira que, temporariamente, reveste o espírito, verdadeira cadeia que o mantém ligado à gleba terrena, e da qual sente-se feliz ao se libertar. O respeito, então, ao espírito, não se refere à matéria e sim a lembrança desse espírito ausente. Quando Jesus disse "Deixai aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos", ele quis nos ensinar que, não devemos nos inquietar com o corpo, mas com o espírito. Q nesse momento, passa a viver a verdadeira vida (t) 04 <^NaRa^> no dia do enterro de um amigo intimo, ao acordar, no exato momento ao abrir os olhos vi meu amigo sobre uma luz intensa e ele me olhou como se falasse não sofras pq eu estou bem. Será q não foi impressão minha por tá tão envolvida com a sua partida? (T) Ola Nara Difícil dizer, realmente. Porem, a mensagem sendo real ou não, é verdadeira. não devemos sofrer pelos que partiram. Nos espíritas , sabemos que essa partida é momentânea. O que devemos é vibrar amor e oração ao plano maior, para que nossos entes queridos q deixaram a terra, possam encontrar paz e tranqüilidade . 05 Muitas pessoas enfrentam a perda de entes queridos das mais variadas formas,alguns sofrem mais,outros sofrem menos,alguns parecem que nem dão muita atenção,outros se alegram,essa maneira das pessoas reagirem está relacionado a que? Depende muito. Para responder essa questão, precisaria conhecer a alma e o pensamento de cada uma dessas pessoas. As aparências não dizem nada. Porem a conduta no dia a dia de cada um pode nos ajudar a identificar o que vai na alma de cada um. Porem, ainda assim reforço, difícil dizer uma vez q no conhecemos os pensamentos dessas pessoas Danieel!!! há também uma questão de personalidade envolvida alguns sofrem , mas não demonstram Agora, quanto àqueles que se alegram, q só esperam pela herança, são espíritos tremendamente endividados e creio q está relacionado ao grau de adiantamento,, qdo esse é caso pode-se notar pessoas que julgamos com um alto grau de evolução moral e que vêem o mundo " vir abaixo" qdo perdem alguém Sim... soa pessoas muito ligadas a matéria ainda. Q não conhecem ou não aceitaram de fato o espiritismo. Oração Final: Pai de Infinito Amor e Bondade, nós te agradecemos a oportunidade do estudo, do esclarecimento à luz da doutrina espírita o consolador de todos os homens que buscam encontrar as respostas para perguntas que transcendem a matéria que buscam a paz, a esperança, a justiça verdadeira que vem de Ti Abençoa-nos, Pai, para que cada vez mais esta doutrina de amor se solidifique em nossa alma crie raízes fortes cresça e dê os frutos do crescimento e as sementes da caridade e do amor incondicional a serem plantadas em outros corações que precisam ser tocados despertados e assim, todos nós, como irmão em TI possamos seguir ao Teu encontro, Pai, através da mensagem de nosso irmão maior, Jesus na marcha rumo à felicidade assim seja