Estudo Espírita Promovido pelo IRC-Espiritismo http://www.irc-espiritismo.org.br Centro Espírita Léon Denis http://www.celd.org.br Tema: Relações Além-túmulo LE 274 a 290 Expositor: Deise Bianchini - Naema Mato Grosso do Sul: 13/01/01 Dirigente do Estudo da Noite: Deise Bianchini - Naema Mensagem Introdutória: ALÉM DA MORTE O Reino da vida, além da morte, não é domicílio do milagre. Passa o corpo, em trânsito para a natureza inferior que lhe atrai os componentes, entretanto, a alma continua na posição evolutiva em que se encontra. Cada inteligência apenas consegue alcançar a periferia do círculo de valores e imagens dos quais se faz o centro gerador. Ninguém pode viver em situação que ainda não concebe. Dentro da nossa capacidade de autoprojeção, erguem-se os nossos limites. Em suma, cada ser apenas atinge a vida, até onde possa chegar a onda do pensamento que lhe é próprio. A mente primitivista de um mono, transposto o limiar da morte, continua presa aos interesses da furna que lhe consolidou os hábitos instintivos. O índio desencarnado dificilmente ultrapassa o âmbito da floresta que lhe acariciou a existência. Assim também, na vastíssima fauna social das nações, cada criatura dita civilizada, além do sepulcro, circunscreve-se ao círculo das concepções que, mentalmente, pode abranger. A residência da alma permanece situada no manancial de seus próprios pensamentos. Estamos naturalmente ligados às nossas criações. Demoramo-nos onde supomos o centro de nossos interesses. Facilmente explicável, assim, a continuidade dos nossos hábitos e tendências, além da morte. A escravidão ou a liberdade residem no imo de nosso próprio ser. Corre a fonte, sob a emanação de vapores da sua própria corrente. Vive a árvore rodeada pelos fluidos sutis que ela mesma exterioriza, através das folhas e das resinas que lhe pendem dos galhos e do tronco. Permanece o charco debaixo da atmosfera pestilencial que ele mesmo alimenta, e brilha o jardim, sob as vagas do perfume que produz. Assim também a Terra, com o seu corpo ciclópico, arrasta consigo, na infinita paisagem cósmica, o ambiente espiritual de seus filhos. Atravessado o grande umbral do túmulo, o homem deseducado prossegue reclamando aprimoramento. A criatura viciada continua exigindo satisfação aos apetites baixos. O cérebro desvairado, entre indagações descabidas, não foge, de imediato, ao poço de obscuridades em que se submergiu. E a alma de boa-vontade encontra mil recursos para adiantar-se na senda evolutiva, amparando o próximo e descobrindo na felicidade dos outros a própria felicidade. Em razão das leis que nos governam a vida, nem sempre o mensageiro que regressa do país da morte procede de planos superiores e nem a mediunidade será sinônimo de sublimação. Determinadas inteligências desencarnadas se comunicam com determinados instrumentos mediúnicos. Os habitantes de outras esferas buscam no mundo aquele com os quais simpatizam e a mente encarnada aceita a visita das entidades com as quais se afina. A necessidade do Evangelho, portanto, como estatuto de edificação moral dos fenômenos espíritas, é impositivo inadiável. Com a Boa Nova, no mundo abençoado e fértil da nossa Doutrina de luz e amor, possuímos a estrada real para a nossa romagem de elevação. Emmanuel Do Livro: Roteiro Psicografia: Francisco Cândido Xavier Editora: FEB Exposição: No mundo espiritual o único poder irresistível é o da superioridade moral. Os Espíritos têm, uns sobre os outros, a autoridade correspondente ao grau de superioridade que hajam alcançado. As posições ocupadas na Terra de nada valem no mundo espiritual, pois, conforme ensinou Jesus: " qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado." (Lucas, 14:11) Aquele que foi grande entre os homens e, como Espírito, vê-se junto dos Espíritos inferiores, movido pelo seu orgulho e inveja, sente-se muito humilhado com esta situação. Deduz-se daí que os títulos ou posições de destaque no mundo material nada representam para a vida espiritual, porquanto só tem valor a superioridade moral. Os Espíritos de diferentes categorias se vêem, mas se distinguem uns dos outros, de acordo com a lei de afinidade, de sintonia, pois o semelhante sempre atrai o semelhante. Os bons Espíritos têm liberdade para irem a toda parte, estendendo-se às dimensões que já conseguiram alcançar e às dimensões que lhe são inferiores. Os maus estão impedidos de ascender às regiões habitadas pelos bons, com a finalidade de não as tumultuarem com as más paixões. Os bons Espíritos tem por missão combater as más inclinações dos maus e ajuda-los na jornada evolutiva. Da mesma maneira que, na Terra, os homens se reúnem em associações, classes sindicalizadas, conjugando idênticos interesses de vários indivíduos, no mundo espiritual, os Espíritos juntam-se no espaço, em aglomerações afins com o seu pensamento, de modo a continuar o mesmo gênero de vida que procuravam na Terra. Os Espíritos inferiores se comprazem em induzir outros ao mal, pelo despeito que lhe causam e por não terem merecido permanecer entre os bons. O desejo que neles predomina é o de impedirem, quanto possam, que os Espíritos ainda inexperientes alcancem o supremo bem. Querem que os outros experimentem o que eles próprios experimentam. O fluido universal é o veículo de transmissão do pensamento entre os Espíritos e funciona como uma espécie de telégrafo universal, que liga todos os mundos, permitindo aos Espíritos corresponderem-se de um mundo ao outro. Eles se vêem e se compreendem. A linguagem usada pelos Espíritos é a linguagem do pensamento independentemente da linguagem material articulada. Eles não podem dissimular seus pensamentos, pois, uma vez emitido, o pensamento se revela e é patente a todos quanto estejam em condições evolutivas para capta-lo. De acordo com a sua elevação, os Espíritos superiores podem, se julgarem útil, tornar-se invisíveis aos que lhes são inferiores. A constatação da individualidade dos Espíritos é feita pelo perispírito, que os torna distinguíveis uns dos outros, como faz o corpo entre os homens, e, dessa forma, os Espíritos reconhecem aqueles que foram seus filhos, pais, amigos ou inimigos, quando encarnados. "Os Espíritos já desencarnados vão ao encontro da alma a quem são afeiçoados. Felicitam-na, como se regressasse de uma viagem, por haver escapado aos perigos da estrada, e ajudam-na a desprender-se dos liames corporais. É uma graça concedida aos bons Espíritos o lhes virem ao encontro os que os amam, ao passo que aquele que se acha maculado permanece em insulamento, ou só tem a rodeá-lo os que lhe são semelhantes. É uma punição." Após a desencarnação, a reunião de parentes e amigos depende do grau de evolução e do caminho que seguem para o seu adiantamento; se um deles está mais adiantado e caminha mais rápido que os outros, eles não poderão ficar juntos; poderão ver-se algumas vezes, mas não estarão sempre reunidos a não ser quando possam marchar juntos, ombro a ombro, ou quando tiverem atingido a igualdade na perfeição. Literatura consultada: Livro dos Espíritos (Allan Kardec); Curso básico de Espiritismo - 1.º ano (FEESP). Perguntas/Respostas: 01 Vegeta-_ amiga palestrante... a atitude resignada da pessoa antes do desencarne, quando ocorre dolorosamente, indica se ele está num estágio mais elevado ? o fato de rebelar-se contra as provas físicas terminais indica que terá que se sujeitar à elas novamente ? A atitude resignada frente a morte demonstra que já temos um certo desprendimento material e isso nos leva a termos também a uma maior evolução espiritual Quando nos resignamos frente a esses acontecimentos o nosso desprendimento é muito mais fácil, e nossa passagem menos dolorosa Os amigos espirituais que nos auxiliam tem maior facilidade de contatarem conosco e nosso período de perturbação após o desencarne será menor O fato de rebelar-se contra as provas nos dá o indicativo da evolução da pessoa, isso não quer dizer que terá que passar por elas novamente, da mesma forma, pois quando estamos no mundo espiritual também evoluímos e podemos pedir outros tipos de provas que tenham a mesma eficácia 02<_angelo__> Naema, pudemos entender que os espíritos se agrupam por afinidades de propósitos, haveria então uma espécie de magnetismo natural que reúne os grupos, bons e maus? (t) As afinidades são inúmeras, propósitos, de pensamentos, fazendo que entre eles exista uma sintonia muito grande, que os atraem Acho que poderíamos colocar da forma que você disse :))) Oração Final: Obrigada aos amigos que se fizeram presentes no estudo da noite que possamos manter sempre nosso empenho no aprendizado paciência com os revezes da vida e muita força nas nossas dificuldades, sejam elas quais forem que possamos contar sempre com esse amparo maravilhoso de nossos amigos espirituais que lutam conosco, lado a lado, esperando por nosso sucesso que consigamos galgar um degrau a cada dia que nossos passos não sejam lentos para podermos atingir rapidamente a nossa finalidade na vida Pedimos amparo a todos os amigos do IRC_ Espiritismo aos operadores, aos voluntários e principalmente àqueles que se opõems ao nosso aprendizado que possamos ser uma luz em suas vidas que os leve a ver a verdade, segundo acreditamos Assim seja !