Estudo Espírita Promovido pelo IRC-Espiritismo http://www.irc-espiritismo.org.br Centro Espírita Léon Denis http://www.celd.org.br Tema: Os espíritos durante os combates LE 541 a 548 Expositor: Deise Bianchini Amambai - MS 16/04/2005 Oração Inicial: <_Milinha_M_> Senhor, hoje pedimos tuas mãos sobre nós ... para que possamos compreender e fazer-nos compreendidos... que as desavenças desapareçam... que a luz que surge em nosso cerne venha a tona... pra que o estudo propiciado.. a aprendizagem única... e a beleza das palavras... façam parte de mais uma família aqui unida... Pai, agradecemos desde já tantas oportunidades... tantos desafios inovadores... tantas alegrias .. tantas vidas.. inúmeras chances de retomada no caminho reto.. tua misericórdia e tua bondade infinita... que possamos.. de hoje em diante Viver... mas em plenitude da alma.. em júbilos de paz.. para que o estandarte da alegria .. faça-se vitalidade de luz.. em nossos corações.. a fim de transformar nosso pequeno riacho.. num imenso e belíssimo mar Que assim seja! Exposição: Boa noite queridos amigos, um prazer poder estudar com vocês as questões 541 a 548 de "O Livro dos Espíritos", que nos falam dos espíritos durante os combates. Na questão 541 Kardec pergunta aos Espíritos Superiores, que auxiliaram na codificação, se, durante uma batalha, há Espíritos assistindo aos combates e amparando cada um dos exércitos. Os espíritos responderam que "Sim, e que lhes estimulam a coragem." Os antigos figuravam os deuses tomando o partido deste ou daquele povo. Esses deuses eram simplesmente Espíritos representados por alegorias. Os combates, em uma guerra, expressam diferenças de opiniões e podemos ficar chocados por saber que há espíritos que tomem o partido dos que se batem por uma causa injusta. Não podemos nos esquecer que os espíritos nada mais são que desencarnados que conservam seus pendores e gostos, eles não mudam porque muda sua condição física. Há "Espíritos que só se comprazem na discórdia e na destruição. Para esses, a guerra é a guerra. A justiça da causa pouco os preocupa." (LE: 542) Sabemos que recebemos influência dos espíritos, muito mais até do que imaginamos, da mesma forma que somos influenciados em nosso dia-a-dia alguns Espíritos podem influenciar o general na concepção de seus planos de campanha e de ação durante a guerra. Nas questões seguintes Kardec faz aos espíritos interessantes perguntas sobre as influencias sofridas: 544. Poderiam maus Espíritos suscitar-lhe planos errôneos com o fim de levá-lo à derrota? "Podem; mas, não tem ele o livre-arbítrio? Se não tiver critério bastante para distinguir uma idéia falsa, sofrerá as conseqüências e melhor faria se obedecesse, em vez de comandar." 545. Pode, alguma vez, o general ser guiado por uma espécie de dupla vista, por uma visão intuitiva, que lhe mostre de antemão o resultado de seus planos? "Isso se dá amiúde com o homem de gênio. É o que ele chama inspiração e o que faz que obre com uma espécie de certeza. Essa inspiração lhe vem dos Espíritos que o dirigem, os quais se aproveitam das faculdades de que o vêem dotado." Em relação aos espíritos dos soldados mortos em combate os espíritos nos dizem que: "Alguns continuam a interessar-se, outros se afastam." Dá-se, nos combates, o que ocorre em todos os casos de morte violenta: no primeiro momento, o Espírito fica surpreendido e como que atordoado. Julga não estar morto. Parece-lhe que ainda toma parte na ação. Só pouco a pouco a realidade lhe surge. Mais à frente: 547. Após a morte, os Espíritos, que como vivos se guerreavam, continuam a considerar-se inimigos e se conservam encarniçados uns contra os outros? "Nessas ocasiões, o Espírito nunca está calmo. Pode acontecer que nos primeiros instantes depois da morte ainda odeie o seu inimigo e mesmo o persiga. Quando, porém, se lhe restabelece a serenidade nas idéias, vê que nenhum fundamento há mais para sua animosidade. Contudo, não é impossível que dela guarde vestígios mais ou menos fortes, conforme o seu caráter." a) - Continua a ouvir o rumor da batalha? "Perfeitamente." 548. O Espírito que, como espectador, assiste calmamente a um combate observa o ato de separar-se a alma do corpo? Como é que esse fenômeno se lhe apresenta à observação? "Raras são as mortes verdadeiramente instantâneas. Na maioria dos casos, o Espírito, cujo corpo acaba de ser mortalmente ferido, não tem consciência imediata desse fato. Somente quando ele começa a reconhecer a nova condição em que se acha, é que os assistentes podem distingui-lo, a mover-se ao lado do cadáver. Parece isso tão natural, que nenhum efeito desagradável lhe causa a vista do corpo morto. Tendo-se a vida toda concentrado no Espírito, só ele prende a atenção dos outros. É com ele que estes conversam, ou a ele é que fazem determinações." Gostaria, para finalizar, de citar trecho do artigo de Sérgio dos Santos Rodrigues/Equipe CVDEE - Guerra: Como o Espiritismo Explica ?, que pode ser lido na íntegra em: http://www.panoramaespirita.com.br/artigos/artigos_03/guerra_espiritismo.html. "... As conseqüências de uma guerra somente são avaliadas em termos materiais. Estima-se o seu custo econômico e quantas vidas físicas serão ceifadas. Mas as conseqüências espirituais sequer são mencionadas, permanecendo ignoradas pela imensa maioria. O Espiritismo esclarece o quanto os danos materiais, que são passageiros, são ínfimos, se comparados ao custo espiritual que o indesejado acontecimento acarreta. Os seus responsáveis terão de suportar, no mundo espiritual e em encarnações futuras, os efeitos da lei de ação e reação que rege o Universo. Na questão 745 do Livro dos Espíritos, respondendo a Kardec sobre a responsabilidade daquele que suscita a guerra para proveito seu, os Espíritos ensinam que "grande culpado é esse e muitas existências lhe serão necessárias para expiar todos os assassínios de que haja sido causa, porquanto responderá por todos os homens cuja morte tenha causado para satisfazer à sua ambição". No livro "Nosso Lar", André Luiz relata a repercussão, na Colônia do mesmo nome, dos momentos que antecederam a eclosão da segunda guerra mundial. Toda a Colônia se mobilizou em preparativos para receber os espíritos que deixariam a carne em conseqüência do conflito, que, certamente, seriam em grande número, como de fato aconteceu. Do plano espiritual nos vem também a notícia de que muitos dos protagonistas daquele episódio, responsáveis por tantos sofrimentos, expiam suas faltas em regiões da África de absoluta miséria, onde têm de suportar uma existência penosa, sem nenhum tipo de facilidade, como forma de se reequilibrarem perante a Lei." Obrigada pela oportunidade. Passamos à parte aberta do estudo com perguntas e respostas dos que desejarem. Perguntas/Respostas: 01 Temos relatos certos da situação de Hitler? Wafp, realmente boa pergunta, e algo que muitos gostariam de saber. Não conheço nenhum relato que afirme a condição de Hitler, mas as indicações seriam de ele estar "escondido" em um corpo com necessidades especiais, para que suas vítimas não o encontrem. Isso para proteger as vítimas , que ainda estariam com sentimentos de vingança. Assim poderiam ser socorridas, e, após esse tempo, Hitler teria que realmente ressarcir o que houve. Não só ele, mas todos os envolvidos e também os omissos, pois muitos o foram. 02. será que ele não está encarnado num mundo inferior? Pois é, vocs, não tenho essa notícia 03. Boa noite a todos.Esta é minha primeira participação. Não é bem uma pergunta mas uma idéia para discussão. Pelo pouco que estudei, a guerra, por mais indesejável, ainda nos é necessária, pelo nosso grau evolutivo mas,ainda assim, nas contendas a divisória entre o lado "bom" e "mau" não é nítida ficando, para os combatentes, baseados nas suas "intenções" a separação entre aqueles que combateram o "bom combate". Gostaria de saber até que ponto o "vencer" a guerra justificará as ações no campo de batalha. Compreendo. As desgraças, as tragédias devem ocorrer. Até como forma de desencarnes coletivos de espíritos endividados. Jesus nos colocava a necessidade do escândalo, mas quem o propiciasse seria devedor. Quanto ao "bom combate", em termos de guerra, muito difícil discerni-lo, pois ambos os lados se julgam corretos. Quantas guerras Santas não foram promovidas para acabar com "os infiéis", em nome de Jesus? As chacinas étnicas. Com certeza os que empreendem essas lutas terão suas justificativas. Numa guerra não creio que haja vencedores, pois todos, até os que lutam pela causa justa cometem atrocidades. 04. Existe uma forma de sabermos se participamos de alguma guerra? Ou se estamos pagando por alguma falta em alguma? Provavelmente, alguém que vive hoje já guerreou em alguma guerra e o que está passando ainda decorre do que provavelmente fez. Sim, a possibilidade de termos participado de uma guerra é muito grande. Em nossas vidas anteriores com certeza estivemos envolvidos com algo nesse sentido. Mas não devemos esquecer que tínhamos um entendimento moral diferente do que temos agora, algumas coisas tidas como normais de se praticar na época hoje em dia seriam crimes bárbaros. Também devemos estar pagando por essas faltas, mas a nossa dívida é do tamanho de nosso conhecimento. Mais será cobrado daquele que mais tiver. 05. Não estou querendo ser conivente com as guerras pois se sabe que os motivos usados para legitimá-la, como foi exposto, são de pura irracionalidade, ganância, egoísmo. Mas elas tiveram papel importante no que diz respeito a progressos científicos como por exemplo na área de computadores, exploração do espaço, novos elementos químicos descobertos. Será que então se pode conceber certos aspectos positivos deste tipo de mazela que sempre fez parte da história das civilizações? Claro, com certeza. Das situações trágicas, ou de guerra, ou outras quaisquer sempre surge o gênio do homem. Das descobertas que vitimam pessoas aproveitamos após para salvar vidas. Tem o seu lado positivo. Felizmente chegará o tempo em que o homem não precisará do ódio para despertar seu gênio. Quando todos forem irmão, um ajudará o outro em todos os sentidos. 06. O que ocorre com os espíritos que, em vida, eram adeptos das religiões que pregam a jihad, guerra santa? Enfim, qual a situação dos que sucumbem acreditando "estarem salvos" por terem "morrido por Alá"? Quando tiverem condições de se perceberem sentirão decepção, depois angústia, depois arrependimento. E por fim procurarão ressarcir sua vítimas. Vejam que são crentes, não acreditam que fazem o mau, mas sim que fazem o trabalho de Deus Isso será levado em conta. Mas , mesmo assim, terão que pagar. 07. Só tem haver com o assunto do artigo http://www.panoramaespirita.com.br/artigos/artigos_03/guerra_espiritismo.html. No final diz que a humanidade está evoluindo em saltos e que as guerras vão diminuindo. Assim, existe alguma citação ou previsão de uma guerra? Talvez por água ou de uma destruição em massa no futuro? Não conheço. 08. Gostaria de saber a respeito da existência de guerras no plano espiritual. Elas existem? Eles utilizam quais tipos de armas? Corgan, o que tenho lido sobre o assunto é nas obras subsidiárias. E relatam guerras sim, principalmente com os espíritos do umbral. Invasões, planos, umas coisas bem maléficas por sinal. Nos livros de André Luiz fala-se sobre as incursões no umbral, de redes magnéticas. Mas não temos como saber a realidade total desse assunto, serve como ilustração a nossos conhecimentos, e preocupação de estarmos trilhando o caminho do bem. Só complementando. Tem uma estória de campo de força.. ouvi por algo assim Sim, também já li estórias com campo de força. Você já deve ter li algo sobre obsessores fazerem implantes que ficam transmitindo aos obsidiados, uma ação ininterrupta. Enfim, são tantas as estórias que chegam a ser apavorantes, pior que nossas guerras. Mas afinal, somos nós mesmos que estamos do outro lado. 09. uma vez numa casa espírita ouvi um expositor dizer que viu um homem todo deformado e que um espírito guia dele disse que esse homem foi um "homem bomba", por que ele recebeu esse castigo se fez o que fez por pura ignorância? isso ocorre realmente? Você considera o castigo dele estar deformado? sim ok. Pode ser uma escolha que ele mesmo fez, e não um castigo. escolha? só se fosse a menos pior Creio que essa deformidade seja uma escolha que ela fez quando espírito. mas isso é castigo, sendo escolha ou não. Afinal não recebemos castigos, mas colhemos o que plantamos, e isso sempre vai ocorrer, de uma forma ou de outra. Pode parecer uma situação horrível, mas não sabemos as motivações da escolha. o problema é que ele era homem bomba por ignorância Sim, mas houve um momento em que ele despertou para o horror do que fez, ele se sentiu culpado O castigo é oriundo de nossa própria consciência, além do mais, o que nos parece cruel ou pesado demais, para aquele que sofre é a benção da redenção. sim, guest, bem colocado. não acredito que em podendo ser normal alguém vá escolher ser deformado Não acho que é castigo a situação dele. Ele só saberá disso depois, mas foi ele quem fez com que a situação dele esteja assim. Só não comentamos, o que alongaria demais a discussão, é que o perispírito deve ter ficado impresso com a explosão, e ele é o modelador biológico. Quantas encarnações não serão precisas para que o corpo possa ser recomposto? Oração Final: Amigos, vamos encerrar os trabalhos da noite. Agradeço a presença de todos, o que deixou nosso estudo muito produtivo. Agradeço o amparo da espiritualidade que acompanha nossas reuniões do IRC, e que possamos seguir amparados e sempre na busca do bem, do consolo e determinados a aprender. Assim seja!