Estudo Espírita Promovido pelo IRC-Espiritismo http://www.irc-espiritismo.org.br Centro Espírita Léon Denis http://www.celd.org.br Tema: 10º Encontro Espírita sobre Mediunidade Expositor: Paulo Cordeiro Rio de Janeiro - RJ 21/06/2003 Dirigente do Estudo da Noite: Adriana Oração Inicial: Bons amigos espirituais que acompanham nossos trabalhos virtuais nós vos pedimos que abençoem esta reunião de hoje que nosso palestrante seja bem inspirado que todos os amigos presentes sejam sintonizados com o estudo a fim de assimilares bem as informações e que tudo transcorra em grande paz e harmonia. Pedimos permissão a vós que, direcionados por nosso Mestre Jesus, aqui estão a nos amparar, permissão para iniciarmos os estudos da noite de hoje Assim seja! Mensagem Introdutória: Mensagem para o X Encontro Espírita Sobre a Mediunidade 22/06/2003 Com Jesus, sempre teremos uma tarefa mediúnica bem desempenhada. Há médiuns que se queixam, amedrontados, de que o exercício mediúnico produz fadiga e traz compromissos inadiáveis, às vezes, e por isso mesmo temem integrar-se ao quadro de médiuns, amigos do bem, portanto trabalhadores de Cristo. Esse medo precisa ser evitado e cada médium responderá, por si mesmo, o quanto deixou, voluntariamente, de trabalhar no bem. A mediunidade é um compromisso da alma ao reencarnar. Preso às aflições próprias da carne, o homem necessita desenvolver,em si, a capacidade de trabalhar na Terra para o seu sustento, e dedicar parte de seu tempo à Lei de Deus. Quando, por qualquer motivo, a criatura humana deixa de desenvolver esses dois padrões de trabalho, há conseqüências graves no campo pessoal. Analisando a mediunidade como fonte de apoio à forma de progredir do ser humano , veremos que a mesma se apresenta, quase sempre no momento propício às forças físicas e mentais da criatura encarnada. Geralmente, os sintomas mediúnicos aparecem na juventude, em função do excesso de sensibilidade do jovem. Fixam-se de modo quase definitivo no começo da estabilização moral e psíquica do homem. é no começo da vida que o ser está em melhores condições de desenvolver, aplainar, tornar útil a mediunidade, pois nesse período o desenvolvimento moral acompanha o desenvolvimento mediúnico, permitindo ao médium o equilíbrio das próprias forças físicas e psíquicas, sendo que a mediunidade pode estabilizar todos os fenômenos psíquicos que envolvem o médium. Nessa fase de formação do psiquismo do homem encarnado, os espíritos do bem melhor se aproveitam da circunstância de trabalho, para estimular o progresso do ser, tornando-o hábil trabalhador, profícuo servidor da caridade e servo compromissado com o futuro. Na contínua tarefa, quer através dos passes, dos fenômenos da incorporação ou mesmo através da psicografia e psicofonia, o homem se aprimora, produz e torna-se leal servidor de Jesus no campo do progresso. Ignácio Bittencourt Mensagem psicográfica recebida pelo médium Altivo Carissimi Pamphiro , em 23 de abril de 2003. Exposição: Caros amigos, boa noite. É um prazer estar conversando com todos vocês, rogo à Deus e a Jesus, e aos amigos espirituais, vibrações de profunda humildade para o trato de assunto tão importante, visando nosso aprendizado comum, como também a nossa evolução. Espero ser útil a todos na noite de hoje. Primeiramente, definiremos mediunidade, utilizando definição do Dicionário de Filosofia Espírita, do professor L. Palhano JR, em que nos esclarece ele que "a mediunidade é uma faculdade inerente ao homem, que permite a ele a percepção em um grau qualquer a influencia dos espíritos e que a mesma não constitui um privilégio exclusivo de uma ou outra pessoas, pois sendo uma possibilidade orgânica, é hereditária e depende de um organismo mais ou menos sensitivo." Verificando no Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo XXVIII, itens 8 e 9, encontramos instrução do mestre Kardec, que nos diz que "para conhecer as coisas do mundo visível e descobrir os segredos da natureza material, Deus deu ao homem os olhos do corpo, os sentidos e instrumentos especiais. Como telescópio, ele fez o seu olhar penetrar nas profundezas do espaço e com o microscópio descobriu o mundo dos infinitamente pequenos. Afirma-nos Kardec, que "para penetrar no mundo invisível, Deus deu ao homem a mediunidade." Podemos então começar a concluir, que a mediunidade é uma excelente ferramenta de trabalho concedida aos espíritos em evolução para se adiantarem em conhecimento e moralidade.; Adiantaremos agora, instrução dada pelo eminente espírito Emannuel, encontrada na sua maravilhosa obra "O Consolador", em que indagado na questão 382, sobre qual a verdadeira definição da mediunidade, nos revela ele que a mediunidade é aquela luz que seria derramada sobre toda a carne e prometida pelo Divino Mestre aos tempos do Consolador, atualmente em curso na Terra. É uma das mais belas oportunidade de progresso e de redenção concedidas por Deus aos seus filhos misérrimos. Sendo luz que brilha na carne, a mediunidade é atributo do espírito, patrimônio da alma imortal, elemento renovador da posição moral da criatura terrena, enriquecendo todos os seus valores no capítulo da virtude e da inteligência, sempre que se encontrar ligada aos princípios evangélicos, na sua trajetória pela face do mundo. Podemos, portanto, já começar a concluir que o uso da mediunidade segundo as orientações dos benfeitores da espiritualidade, é uma excelente oportunidade quando exercitada a bem dos nossos semelhantes. O Encontro Espírita Sobre Mediunidade irá nos ajudar no entendimento e na prática do exercício mediúnico, porque iremos abordar que o seu uso independe de ser o indivíduo moralizado ou não. Mas, aprendemos com a própria vida de encarnados que o uso das possibilidades intelectuais do homem, quando são utilizadas de uma forma indiscriminada, sem bom senso, sempre traz conseqüências dolorosas para a criatura humana. E o uso da mediunidade de maneira indiscriminada, somos advertidos pelos bons espíritos, que trará conseqüências lamentáveis para o médium sem estudos, desarvorado e inconseqüente, prejuízos estes que irão repercutir por várias encarnações com conseqüências difíceis de serem resolvidas. Portanto, vamos estudá-la dentro do padrão de moralização superior a que nos convida o mestre Allan Kardec. No tema geral, "Da Influência Moral do Médium", no item 226 de "O Livro dos Médiuns", abordaremos a relação entre o médium e a mediunidade, os hábitos de saúde física e mental do médium e sua influência na prática mediúnica, como da relação do médium com a casa espírita e com a CAUSA espírita. Observamos então, que sob este panorama o nosso estudo é inesgotável, e haveremos de chegar a conclusões importantíssimas quanto ao autoconhecimento. Finalizando então, de um modo geral, o objetivo do nosso encontro é mostrar de que modo a condição moral do médium interfere na prática da mediunidade e quais os valores que devemos trabalhar para que possamos tirar o máximo de rendimento da nossa mediunidade. Perguntas/Respostas: 01. Paulo, meu querido amigo. Boa noite. Somos Espíritos imortais, com vícios seculares... muitos são médiuns, que querem se "consertar" mas tendem muitas vezes,mesmo com todo o esforço do mundo a ceder ao vício. (por exemplo, o médium que não consegue parar de fumar) Como deve ser trabalhado o sentimento de culpa que assola estes médiuns? Pois que muitos são bons, mas ainda não conseguem se libertar de seus vícios? Primeiramente, ele não é bom para si mesmo, porque acaba sendo vítima de um hábito que ele mesmo permite esteja acima de sua faculdade de raciocinar. Segundo o grande Emmanuel, não existe arrastamento irresistível. Podemos concluir que o nosso irmão fumante sente prazer na prática do tabagismo. Se fosse ele levado a valorizar o seu organismo como um templo divino que lhe foi cedido para expressar-se de maneira equilibrada, deveríamos mesmo convidá-lo a raciocinar se danificando seu precioso talento que é o corpo físico, não é isso uma atitude incoerente de sua parte. Será que o nosso irmão ama a si mesmo para permitir que tal hábito o governe? 2. Querido mano Paulo! Concordo contigo. Entretanto, a questão dos fumantes, como muito bem colocou a Ioio, é muito constante em nossas casas espíritas... Gostaria, se me permite - e sem desejar ser inconveniente - de completar a questão: o médium que fuma e não tem conseguido largar seu vício, deve ou não abandonar suas tarefas de mediunidade na casa espírita? Vamos buscar auxílio na belíssima obra do professor L. Palhano Jr, "Teologia Espírita", no seu capítulo X, que trata das virtudes teologais e ações cristãs. Nos diz ele: "O que se espera do modo de viver de um cristão senão que ele seja uma pessoa virtuosa ou santa? Mas bem se sabe, que é muito difícil estabelecer-se um quadro de santidade de uma hora para a outra num indivíduo cujo espírito esteja em evolução longe de alcançar a perfeição. Assim, a Doutrina Espírita mostra que as virtudes são aquisições de plenitude que se alcança após experiências sucessivas, nas diversas existências corporais, reencarnatórias, no esforço de se aprender na leitura do universo, que é a materialização do pensamento divino,por enquanto, o espiritismo não espera que os seus adeptos enganosamente se mostrem virtuosos e santos, mas reconhece o verdadeiro espírita, pela sua transformação moral e pelos esforços que faz para dominar as suas más inclinações. Observamos então, que o próprio Cristo, quando organizou o seu colégio apostólico sabia das deficiências dos seus seguidores. Portanto, não exigiu que eles fossem exemplos de virtudes e resistências morais, mas ao longo do trabalho, incentivou-os a exercitarem o raciocínio e a vontade para superarem a si mesmos. A Doutrina Espírita não exige santos e virtuosos, mas nos incentiva a termos a coragem de nos modificar para melhor atuar. Devemos portanto, incentivar aos companheiros vítimas de si mesmos na prática de qualquer hábito nocivo, a refletir profundamente na sua modificação, e estaremos dentro da solidariedade, sempre voltados a ajudar o companheiro, mantendo-o no trabalho, porque fora dele ele não teria como superar-se em tal luta. 3. Ola amigo Paulo, a minha pergunta é a seguinte: qualquer pessoa pode desenvolver dons mediúnicos, mesmo que nunca tenha tido alguma experiência, visto que você falou que esse dom é algo inerente ao homem ? Caro Jackson, a Doutrina Espírita nos explica que o exercício da mediunidade equilibrada em uma casa espírita séria e que estuda os princípios doutrinários é a melhor maneira de educarmos a expansão mediúnica a que costumeiramente damos o nome de desenvolvimento mediúnico. Como nós já sabemos que todos nós, no exercício da meditação, da inspiração, buscamos idéias superiores, tal atitude funciona como uma invocação aos nossos irmãos espíritos, que responderão ao nosso desejo de servir no bem. Podemos verificar que com tal desejo acorrerão a nos inspirar companheiros espirituais interessados na nossa atuação. Com isso, vemos que Kardec está com a razão quando nos diz que é justo considerarmos todos os homens como médiuns. Vemos então, que o uso da faculdade mediúnica existe em cada um de nós até sem que nós a percebamos conscientemente, mas com o hábito do estudo regular, com a educação do pensamento, com o equilíbrio das emoções, e com a sinceridade de propósitos, devemos nos esforçar para que tenhamos junto a nós, companheiros espirituais que sempre nos inspirem para o bem. Podemos mesmo afirmar, que para ser bom, não é preciso ser espírita, nem religioso de qualquer matiz, basta seguirmos a Lei de Deus que já está impressa em nossa consciência. Sempre que fugimos dela algo de desconfortável nos avisa que estamos fora da Lei. Oração Final: Bom a amado mestre Agradecemos mais uma vez, Senhor, pela oportunidade que nos deste de conhecer a Doutrina Espírita na presente reencarnação. Agradecemos à Ciência que nos proporcionou este veículo de comunicação virtual, onde podemos junto no coração, estarmos estudando a Doutrina Espírita Agradecemos a oportunidade de exposição de nosso querido Paulo Cordeiro, desejando o apoio da espiritualidade amiga para o dia de amanhã. E assim, Mestre, em seu nome, em nome dos amigos espirituais, em nome de Ernesto Bozzano, patrono do encontro espírita sobre a mediunidade, mas sobretudo em nome de Deus, que possamos dar por encerrado o estudo da noite de hoje, fica conosco agora e sempre