Estudo Espírita Promovido pelo IRC-Espiritismo http://www.irc-espiritismo.org.br Centro Espírita Léon Denis http://www.celd.org.br Tema: Simpatia e antipatia terrenas LE 386 a 391 Expositor: Deise Bianchini Amambai - MS 21/08/2004 Oração Inicial: Senhor de infinita bondade e sabedoria Mais uma vez nos encontramos reunidos em teu nome para mais um estudo estudo esse que nos dará embasamento das leis de amor. Pedimos a presença dos amigos espirituais para que possamos aprender a sua palavra de forma a termos coragem e perseverança para coloca-la em prática Temos mais a agradecer que a pedir, mas pediremos não por nós mas pelos nossos irmão que se encontram nas mais diversas expiações e provas envia os teus anjos de luz a aliviar os corações daqueles que chora. E te pedimos, oh pai!, nos conduz durante o nosso estudo para que seja proveitoso. Fica conosco agora e sempre Assim seja Exposição: Boa noite queridos amigos, um prazer a oportunidade de trocar idéias com vocês. Hoje falaremos sobre Simpatia e antipatia terrenas, questões 386 a 391 de "O Livro dos Espíritos". Quando retornamos ao mundo corporal , através da reencarnação, conservamos conosco as simpatias e antipatias anteriores. Deus, na sua infinita sabedoria, permite aos seus filhos voltarem à Terra, novamente encarnados e também nos proporciona o esquecimento do passado para que esses sentimentos não influam em nossa nova jornada de maneira direta. Dois seres que se conheceram e estimaram encontrando-se noutra existência corporal, podem se sentir atraídos um para o outro, ainda que não se reconheçam. E, freqüentemente, essa é a causa de íntimas ligações fundadas em sincera afeição. Muitas vezes se aproximam devido a circunstâncias aparentemente casuais, mas que na realidade são resultantes da atração de dois Espíritos que se buscam reciprocamente por entre a multidão. Nem sempre seria agradável aos espíritos reconhecerem-se. A recordação das passadas existências teria inconvenientes, pois pode ser acompanhada de todas as dificuldades enfrentadas naquela existência. Com essa nova oportunidade há um novo recomeçar, parte-se do zero a experiência conjunta. Depois de mortos, chegando ao mundo espiritual, reconhecer-se-ão e saberão que tempo passaram juntos. Espíritos afins certamente reencontram-se com o objetivo de se aperfeiçoarem e as lembranças de vidas pretéritas prejudicariam o desempenho da criatura na atual existência. Ódios, rancores, amarguras, brigas e desentendimentos poderiam , pela lembrança, atrapalhar o exercício do amor fraternal no seio familiar ou no grupo de convívio. Para aqueles que renascerão no mesmo seio familiar a consangüinidade tem apenas a intenção de aproximar espíritos dentro de um mesmo contexto familiar para unirem-se em prol da evolução e reforma íntima recíprocas. Podem ser espíritos simpáticos, ligados por afeições advindas de existências anteriores e que assumem um papel de auxílio mútuo. Também é possível que sejam almas endividadas umas com as outras e que necessitam reencarnar com um relacionamento em comum para o exercício do perdão, da paciência e da tolerância e, dentro desse antagonismo, a providência divina também reconduz tais indivíduos para a conquista do adiantamento espiritual. A simpatia nem sempre tem por princípio um conhecimento anterior. Dois Espíritos, que se ligam bem, naturalmente se procuram um ao outro, sem que se tenham conhecido necessariamente como homens. Os encontros, que costumam dar-se, de algumas pessoas e que comumente se atribuem ao acaso, são efeito de uma certa relação de simpatia, o magnetismo, a afinidade é o que move essa proximidade. A repulsão instintiva, experimentada por algumas pessoas, é proveniente de se tratar de Espíritos antipáticos que se adivinham e se reconhecem, sem se falarem. A antipatia instintiva não é necessariamente sinal de natureza má, mas sim de não simpatizarem um com o outro, isso não quer dizer que esses Espíritos sejam necessariamente maus. A antipatia, entre eles, pode ocorrer pela diversidade no modo de pensar. Na questão 391 vemos: 391. A antipatia entre duas pessoas nasce primeiro na que tem pior Espírito, ou na que o tem melhor? "Numa e noutra indiferentemente, mas distintas são as causas e os efeitos nas duas. Um Espírito mau antipatiza com quem quer que possa julgar e desmascarar. Ao ver pela primeira vez uma pessoa, logo sabe que vai ser censurado. Seu afastamento dessa pessoa se transforma em ódio, em inveja e lhe inspira o desejo de praticar o mal. O bom Espírito sente repulsão pelo mau, por saber que este o não compreenderá e porque díspares dos dele são os seus sentimentos. Entretanto, consciente da sua superioridade, não alimenta ódio, nem inveja contra o outro. Limita-se a evitá-lo e a lastimá-lo." Para nosso progresso, nós que cumprimos na Terra nossa missão, há vantagem real em voltarmos ao mesmo meio para daí continuarmos o que deixamos inacabado, muitas vezes na mesma família ou em contacto com as mesmas pessoas, a fim de repararmos o mal que tenhamos feito, seguindo a lei de ação e reação . Reafirmamos que o princípio da reencarnação é uma conseqüência necessária da lei de progresso. Agradeço a oportunidade de mais esse estudo. Abrimos espaço para as pergunta ou comentários. Perguntas/Respostas: O1.< Será mesmo que todas as antipatias entre dois espíritos são em razão de disparidades de vidas passadas ? Em alguns casos a antipatia não pode ser simplesmente fruto de um mau humor de uma pessoa ou de outra coisa qualquer ? Falei sobre a simpatia o seguinte: A simpatia nem sempre tem por princípio um conhecimento anterior. O mesmo se dá com a antipatia. Esse sentimento virá da afinidade que teremos com o novo conhecido.Há casos mesmo em que não simpatizamos com alguém em um primeiro momento e que, após conhecer a pessoa, fazemos outra idéia dela, vindo a mudar nossos sentimentos. 02. Uma vez imposta a simpatia entre dois indivíduos, é possível que em uma futura encarnação, essa simpatia possa virar antipatia ? Air, a simpatia não é imposta, ela é formada, isso de um conjunto de situações. isso que quis dizer, me expressei mal mas ela pode virar antipatia no futuro ? Pois há muitos inimigos no mundo que ja foram grandes amigos Uma vivência em comum forma elos entre nós. Se o sentimento for real e sincero de ambas as partes não há como ocorrer esse desamor. Os inimigos que já foram amigos, na verdade foram apenas correligionários, isto é, estiveram juntos por algum interesse em comum momentâneo. A partir do momento que os interesses mudaram, de um ou de ambos, mudou o sentimento. Ele não era profundo e sincero. 03. Há casos que não simpatizamos de cara com alguém... e temos antipatia com a mesma... sem nem falar com ela... apenas observando o modo de agir dela, qual será a melhor atitude? A melhor atitude , sempre, é de fazer aos outros o que gostaríamos que nos fosse feito. Veja que precioso é o encerramento da questão 391: " não alimenta ódio, nem inveja contra o outro. Limita-se a evitá-lo e a lastimá-lo." 04. Podemos citar como exemplo os casamentos que acabam em ódio e as pessoas tornam-se inimigas. É justamente a respeito dos casamentos no plano. Você meio que já respondeu, pois é a história de uma simpatia pode tornar antipatia. Pois vemos nos casamentos, pessoas que se dizem apaixonadas e que amam o seu parceiro e no entanto a relação que seria com objetivo do amor, as pessoas envolvidas tornam-se antipáticas e ainda contraem muitas dívidas os obrigando a se encontrarem futuramente para o resgate. Esse tipo de casamento com certeza teve seu início equivocado. Seja qual foi o motivo, sensual, de interesse, enganos mútuos. Quando o respeito acaba, acaba a possibilidade de convivência. Haverá o resgate futuro, não necessariamente como cônjuges. 05. O mau espírito repele o bom espírito. O bom espírito repele o mau espírito. O bom atrai apenas o bom, e o mau atrai apenas o mau. Como fica então a cooperação mútua entre o mau e o mau? Como pode o mau ajudar o mau e ser ajudado? O bom espírito não repele o mau, apenas o evita, e quando se apresentar a oportunidade estará pronto a ajudá-lo. É seguir a recomendação de amar ao inimigo. O mau junto com o mau não propiciará ajuda de forma alguma, a não ser nas tramas que desenvolvem em conjunto, pois o mau é invejoso, não tem boa índole, não quer ver o sucesso do outro se daí não tirar algum partido. Na verdade é um relacionamento vicioso. Não há o masoquista sem o sádico para interagir. 06. Quando nos depararmos com uma situação de antipatia em relação a um individuo, qual a melhor coisa a fazer: evitar a pessoa para impedir que a antipatia de desenvolva ou tentar contornar a situação, procurando se aproximar ? A doutrina espírita nos recomenda sermos caridosos, humildes e amorosos. Dentro desse princípio, o que deveríamos fazer? Observar a pessoa, pois sempre, todos nós, temos algo de bom para compartilhar. Isso me lembra uma estória. Havia uma pessoa extremamente maledicente numa cidade. Ela nunca tinha palavras boa para falar dos outros, sempre a crítica, a má vontade. E havia, nessa mesma cidade, outra pessoa que ia a todos os funerais e sempre fazia um comentário bom do que tinha partido. Isso acabou tornando-se folclórico na cidade, a ponto de as pessoas irem aos enterros para ver o que ele ia dizer do morto. O maledicente acabou morrendo. Toda cidade foi ao enterro, não por respeito ao morto que deixou muitas mágoas, mas para ver o que ia ser dito dele. Chega nosso amigo, faz uma reflexão e diz: Ele assobiava tão bem! Vemos assim, que por mínimo que seja, podemos encontrar algo bom no outro. E se não for assim, o que será de nós, seres tão imperfeitos? 07. O bom espírito não repele o mau, apenas o evita,( antipatia?) (t) Não Fen, não é antipatia, mas inteligência. Por saber que o mau não compreenderá e porque os seus sentimentos são muito diferentes. No momento certo será caridoso. O outro sente antipatia, ele , o bom, não. 08. Cultivemos os bons hábitos para que um dia tornem-se virtudes Nós podemos nos encontrar fisicamente próximo de espíritos menos evoluídos, porém as vibrações são diferentes. Assim fazia André Luiz ao ir ao Umbral tentar resgatar irmãos sofredores. bem lembrado, Patty Há pessoas que a própria proximidade nos incomoda. Não a conhecemos, não falam nada para nós, mas nos causam repulsa. Isso acontece mesmo. Acredito que quando esse tipo de sentimento é muito forte, o espírito por quem sentimos repulsa seja algum irmão com quem nos desajustamos em vida passada Creio que todos sentimos, sim, foi o que nos disse o estudo. " A repulsão instintiva, experimentada por algumas pessoas, é proveniente de se tratar de Espíritos antipáticos que se adivinham e se reconhecem, sem se falarem." Abençoado seja o esquecimento! Verdade , senão como conviver com pessoas da quais lembramos os débitos? Oração Final: Bem amigos, creio que podemos encerrar por essa noite. Agradeço a companhia muito agradável, e tenho certeza de que todos nós crescemos um pouco mais. Amado Jesus, amigos espirituais que nos acompanham que nos intuem que nos auxiliam e amparam agradecemos por mais esta oportunidade de estarmos utilizando nossa noite de forma proveitosa, no estudo dessa doutrina maravilhosa e consoladora que possamos sempre estarmos dispostos a aprender e exercer o amor que você tão bem soube exemplificar para nós. Obrigada.