Estudo Espírita Promovido pelo IRC-Espiritismo http://www.irc-espiritismo.org.br Centro Espírita Léon Denis http://www.celd.org.br Tema: Duração das penas futuras II LE 1009 Expositor: Flávio Mendonça João Pessoa - PB 26/04/2003 Dirigente do Estudo da Noite: Naema Oração Inicial: NEAK_na_veia> Primeiramente, boa noite a todos. Jesus Mestre amigo, esteja com nosso irmão Flávio inspirando-o no estudo dessa noite. Que ele possa nos trazer o ensinamento que precisamos aprender para melhorar a nossa estrada em busca da evolução. Ilumine todos aqueles que por algum motivo não puderam estar presentes, bem como todos os irmãos que fazem o Tratamento Espiritual nas casas Espíritas, que todos eles possam ser amparados, e que possamos estar prontos para sempre servir, como é da vontade de ti, Irmão querido. Que Jesus ilumina a todos nós, hoje e sempre. Graças a Deus! Mensagem Introdutória: SENTENCIADOS Sentenciados, sim! A vida, porém, não nos suplicia pelo prazer de atormentar. À face de nossa destinação à suprema felicidade, todos estamos intimados ao bem, impelidos ao progresso, endereçados à educação e policiados pela justiça. Jesus, o divino penalogista, exortou-nos, convincente: "Perdoa não sete vezes, mas setenta vezes sete." É que o mal expressa grave desequilíbrio naquele que o pratica. [Comparados às moléstias do corpo, a dor moral de haver ferido a alguém é o abcesso reclamando dreno adequado; o vício é a fístula corruptora, esperando remoção da causa que a produz, e a delinqüência é o tumor de caráter maligno, comprometendo a estrutura orgânica, em prenúncio de morte. Esposar revolta e vingança seria expor o próprio sangue a infecções perigosas, entrando, voluntariamente, nas faixas destrutivas da enfermidade. Tolerância e perdão, por isso, constituem profilaxia e imunização infalíveis. Diz Allan Kardec: "Às penas que o espírito experimenta na vida espiritual ajuntam-se as da vida corpórea, que são conseqüentes às imperfeições do homem, às suas paixões, ao mau uso das suas faculdades e à expiação de presentes e passadas faltas." Esparze, desse modo, as vibrações confortativas da prece sobre todo aquele que caiu no logro do mal. O caluniador está sentenciado à repressão da própria língua, o desertor está sentenciado à frustração que marcou a si mesmo, o ingrato está sentenciado ao arrependimento tardio, o ofensor está sentenciado ao ferrete da consciência, o criminoso está sentenciado a carregar consigo o padecimento das próprias vítimas. Além disso, cada conta exige resgate proporcional aos débitos assumidos, com o remorso de quebra. Assim pois, à frente do irmão que te golpeia, recolhe-te em silêncio e esquece todo o mal. Não precisas indicá-lo a esse ou àquele castigo, perante a barra dos tribunais, porque o maior sistema de punição já está dentro dele. Emmanuel Do Livro: Justiça Divina Psicografia: Francisco Cândido Xavier Editora: FEB Exposição: Queridos amigos, estudantes da Doutrina renovadora, muita Paz! É com imenso prazer que divido com vocês este momento bonito de aprendizado rumo ao progresso moral e intelectual. Hoje estudaremos PARTE 4ª - CAPÍTULO II - Duração das penas futuras II - questão 1009 ! "Tendo antes de tudo ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados" Na antigüidade primitiva, natural era que os homens ainda cambaleantes no éden do saber, conceituassem suas idéias com base nas impressões que lhe impunham a dor e o sofrimento. Ao despertar da consciência, as perspectivas turvadas, fruto do primarismo de que se originara, indicavam que as penas seriam eternas e que eram impostas por uma força sobre-humana. Nascia na consciência primária o Deus implacável e antropomorfo. Esta idéia, embora pouco racional nos tempos modernos, ainda encontra guarida em diversas mentes dogmáticas, fruto das patologias a que se aprisionou pelo atavismo emocional que se faz portador. A partir da idéia de um Deus intolerante e antropomorfo decorrem diversos conceitos perturbadores para psique humana, porquanto, são de origem desagregadoras e destrutivas. Todavia, necessário é que o homem moderno trafegue pelo mar revolto a fim de construir a base sólida do seu progresso moral e intelectual, pois que ao realizar esta caminhada, consolida no seu íntimo a fortaleza que se fará útil no passo seguinte. Encontramos no amor, a excelência da felicidade plena, que ao tornar-se mais consolidado livra o homem patológico dos grilhões a que se vinculou durante a jornada evolutiva. Jesus, nosso mestre, por sua extraordinária lição de amor, legou-nos o código e a chave para a vivência da plenitude, através do Evangelho. Cada lição, cada exemplo, cada palavra e gesto, cada parábola guardam ensinamentos preciosos que nos libertam do nosso inimigo maior, o ego, que impossibilitado de transcender a etapas mais ditosas, escamoteia situações íntimas levando-nos ao desespero, a dor e ao sofrimento, impedindo assim que o Self desenvolva-se a estágios ditosos que aguardam a criatura humana. Derivado de um primarismo resistente, a psique humana mergulhada na casca celular, agride-se e atormenta-se em vivências doentias, onde se compraz com a infelicidade alheia. Desta forma, amealha inúmeras outras mentes, fixando-as aos mesmos processos psicóticos. Vemos principalmente nas religiões ocidentais, mas também nas orientais, este processo de resistência conflitiva, onde os cultos, as cerimônias e os postulados escondem venenosas correntes de prisão mental, porquanto o amor fica confinado as formalidades superficiais. Não tendo o homem a possibilidade de reflexão profunda, age influenciado pelas idéias psicóticas, massificando-se em grupos sociais e religiosos cada vez mais crescentes, ao mesmo tempo que perde cada vez mais sua individualidade, pois, sua identidade pouco eco faz na harmonia da vida interior. A excelência do Amor, por ser ele de origem libertadora, nos é bálsamo e remédio para a libertação da alma, que possibilita uma navegação equilibrada dando robustez ao estado psicológico que terá que enfrentar os turbilhões do progresso consciencial. Como disse Pedro, o apóstolo: "O amor cobre uma multidão de pecados". Esta máxima vem de encontro ao que a ciência fisiológica e psicológica moderna tem dito a respeito do comportamento humano. Na área da psicologia, hoje se entende que os fatores fixadores dos tormentos psicológicos liberam-se à medida que agimos com base no altruísmo, pois, libera a criatura das correntes asfixiantes que as prendiam em sofrimentos sem fim. As psicoterapias atuais trabalham em cima de evidências onde a criatura humana se prende às causas transatas, libertando-se pela amorterapia. São tratamentos de conscientização do paciente, mostrando-lhe a necessidade da liberação de um sentimento preso a um passado remoto, e que precisa ser perdoado e consequentemente deixado no seu tempo próprio. Na área da fisiologia já se tem informações de tratamentos ligados a auto-estima, onde pacientes em estados de patologias graves, estimulados por diversas terapêuticas comportamentais, modificam o estado sintomático, levando-os a melhoras acentuadas, quando não da cura absoluta e do desaparecimento de todos os sintomas apresentados. Temos aqui, em decorrência das somatizações, as diversas patologias fisiológicas, inclusive as neuronais, que encabeçam as estatísticas dos leitos de tratamentos ambulatoriais. O estresse mediante a vida moderna, a pouca comunicabilidade pessoal devido a vida agitada das grandes metrópoles, o desequilíbrio psicológico derivado das inter-relações perturbadoras, aliado a falta de confiança num futuro melhor, somatizam-se, e seu reflexo apresentam-se em forma de doenças psico-fisiológicas, denominadas hoje como doenças psicossomáticas. Portanto, é na terapia do Amor que a criatura humana pode encontrar alento e cura para todos os males que o afligem. Pensamentos negativos, impostos por mentes doentias, devem ser trabalhadas para que sejam substituídos, dando lugar a sentimentos construtivos, pois nossa fatalidade existencial é a felicidade plena, fruto de uma ação harmônica numa perspectiva cosmo-ética. Entender as dores e sofrimentos como penas eternas é legar a Deus uma imperfeição inexorável que só o pouco entendimento irreflexivo pode proporcionar. A razão nos mostra que um sistema perfeitamente ordenado não pode ter como patrono uma criatura imperfeita e arbitrária, pois, que Ele transcende as idéias das criaturas imaturas que estagiam na orbe terrestre. Perguntas/Respostas: 01 Flavio_Mendonca: Essa benevolência eterna de Deus, que nos permite errar infinitamente... seria isso que Jesus quis explicar através da parábola do Filho Pródigo? (t) Gladdy, penso que a parábola do Filho Pródigo retrata principalmente que o nosso Pai celestial aguarda-nos a fim de nos possibilitar infinita felicidade, e da mesma forma que o pai da parábola, mandou matar um belo e suculento carneiro para que possamos nos deliciar. O carneiro é o amor que constrói a felicidade plena, única fatalidade para nossa existência. (t) 02. Gostaria de saber até onde pode homem ter essa liberdade para usar seu livre arbítrio? (t) Prezado amigo, Siri100patas, a única fatalidade a que estamos submetidos é a Lei do Progresso, que nos tornará mais felizes quando entendermos a excelência do amor, fruto de pensamentos inteiramente integrado às leis naturais. (t) 03. Boa noite Flavio. No meio espirita ainda se escuta muito o termo "KARMA" e sabemos que muitos companheiros se apoiam nesta palavra se acomodando para vida dizendo: É KARMA!...como vc ve esta situação?(t) Caro, NARDO_RJ, entendemos que a Lei de Causa e Efeito nos impõe condições de reparação por delitos praticados, visando exclusivamente nosso aperfeiçoamento moral. O desculpismo apenas demonstra que não só os leigos das leis naturais se mostram imaturos, mas também aqueles que pensam ter uma condição de superioridade, onde a invigilância quase sempre o surpreende. Devemos combater em nós o personalismo que nos faz cair em erros antigos, e que é motivo de novos resgates mais duros. Entender que o amor é o único meio de progresso ditoso, denota elevação e maturidade espiritual. (t) 04. Qual a utilidade do perdão diante do entendimento que somos nós mesmo a criar dores e sofrimentos ? O perdão exerce papel fundamental no processo de libertação da criatura, pois, permitindo-se agir dentro da compreensão e do amor, pode o perdão liberar a causa geradora dos males que se apresentarão por efeito. Assim, o perdão é válvula que libera o ser dos aprisionamentos emocionais a que se vinculou anteriormente. Livre pela ação do perdão, a criatura humana tem pela frente novas conquistas a lograr. (t) 05. Sei que não faz parte do tema de hoje, mas você já leu "Quando ele voltar" de Rick Medeiros? Qual a sua opinião quando em parte do livro que ele narra que o a Guerra Santa relatada no Alcorão não é uma guerra entre nações, e sim entre os sentimentos dos homens. (t) Siri100patas, não li a obra, portanto não posso emitir uma opinião. Porém, sobre a questão da guerra, entendemos que por estagiarmos em marés do egoísmo, a dor é parte integrante do processo, portanto, absolutamente efeito disso. Quando, no entanto, o homem perceber que o amor é a excelência que trará a felicidade plena, fará deste sentimento o único refúgio para sua vida. Equilibrar as emoções, dando-lhe renovação, e promovendo-a a patamares enobrecidos fará do homem criatura ditosa. (t) Oração Final: Amigos, vamos unir nossos sentimentos em torno do próximo daquele que nos chega em qualquer hora Amigo Jesus, ta agradecemos a oportunidade de servir, de aprender contigo sair de encontro ao necessitado principalmente daqueles com dores profundas na alma abençoa a todos aqueles que frequentam essa canal (t)