Estudo Espírita Promovido pelo IRC-Espiritismo http://www.irc-espiritismo.org.br Centro Espírita Léon Denis http://www.celd.org.br Tema: Prelúdio da Volta LE 330 a 343 Expositor: Flávio Santos Salvador - Bahia 29/05/2004 Oração Inicial: Amigo Jesus! Iniciamos os nossos estudos abrindo a boca da alma na prece, rogando aos Excelsos mensageiros nos inspirem. Suplicamos as tuas bênçãos nesse precioso momento. Que seja feita a tua vontade, Mestre querido! Sê conosco! Assim seja! Exposição: Oi amigos. Deus seja conosco, durante todo o nosso estudo! A Palingenesia (Reencarnação), é a prova da Justiça Divina, como da Misericórdia Celestial. O Espiritismo apresenta a filosofia dos renascimentos, como sendo uma Lei Natural - necessidade da vida espiritual, como a morte é uma necessidade da vida corporal. A Dra. Helen Wambach, PHD em Psicologia, investigando a Reencarnação, ficou surpresa com as informações coletadas a partir da técnica de regressão de memória. Durante a regressão ela conduzia o paciente até o momento imediatamente anterior ao seu nascimento. Nesse estagio, ela fazia algumas perguntas, dentre as quais destacamos: Foi a sua decisão de nascer? Alguém o ajudou a decidir? Qual a sua perspectiva de viver essa existência? Qual o seu objetivo nesta vida? Wambach colheu outras preciosas informações. Uma delas é surpreendente: Morrer até que é bom, nascer é que não é tão interessante. Escreve uma pessoa: "As duas mortes que tive, nas duas vidas (de que me recordei) esta noite, foram experiências muito agradáveis. Nascer é que parece uma tragédia." Essas informações estão em perfeita sintonia com o Pensamento Espírita. Allan Kardec indaga aos espíritos superiores: 341. Na incerteza em que se vê, quanto às eventualidades do seu triunfo nas provas que vai suportar na vida, tem o Espírito uma causa de ansiedade antes da sua encarnação? Os Espíritos responderam sem titubear: "De ansiedade bem grande, pois que as provas da sua existência o retardarão ou farão avançar, conforme as suporte." Mas, a Dra. Helen Wambach não parou por ai. Em sua pesquisa, ela anotou estatisticamente os seguintes dados: 81% dos pacientes disseram que eles próprios haviam decidido nascer. 19% afirmaram que não tinham lembrança de nenhuma decisão, ou que não disseram nada quando questionados sobre isso. 68% declaravam-se tensos, relutantes ou resignados diante de ter que viver novamente. 26% consideravam a nova oportunidade de viver com certo otimismo. Essas pessoas não estavam interessadas em fazer da vida um continuo fluxo de prazeres, mas sim queriam evoluir. 90% informaram que as mortes foram experiências agradáveis, mas que os nascimentos foram tensos, infelizes. Quase todos os pacientes da Dra.Wambach rejeitaram qualquer intenção em aumentar a riqueza, o status ou o poder na Terra. Cerca de 28% dizia trazer alguma mensagem a humanidade, no sentido de que é preciso ser solidário. Um depoimento de Helen Wambach, nos chama a atenção: "Refleti que eu precisava, pelo menos, de um fato biológico acerca do passado que me facultasse a conferência dos meus indícios. Eu sabia que em qualquer fase pretérita, mais ou menos a metade da população era masculina e a outra metade, feminina. Decidi verificar cada período de tempo e determinar quantas regressões tinham redundado em vidas masculinas e quantas tinham resultados em vidas femininas. Se a rememoração de existências passadas fosse mera fantasia, seria de esperar que preponderassem as masculinas: os estudos mostram que o cidadão comum, em se lhe oferecendo a possibilidade de escolher, optaria por viver como homem. Contra a probabilidade de que a fantasia produziria maior número de sujeitos masculinos, havia o fato de que 78% dos meus sujeitos no primeiro grupo de seminários eram mulheres. Seria acaso possível que as mulheres preferissem ser mulheres numa vida pregressa? Assim sendo, muitos imponderáveis gravitavam em torno da questão do sexo que seria escolhido numa vida passada. Não obstante(...) meus dados são concludentes. Sem levar em consideração o sexo que têm na vida atual, ao regressar ao passado, meus sujeitos se dividiram precisa e uniformemente em 50,3% de homens e 49,7% de mulheres." (Recordando Vidas Passadas - p. 104/105) Mais uma vez, essa informação vem confirmar o mesmo conteúdo de "O livro dos Espíritos": "Os Espíritos encarnam como homens ou como mulheres, porque não têm sexo. Visto que lhes cumpre progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhes proporciona provações e deveres especiais e, com isso, ensejo de ganharem experiência. Aquele que só como homem encarnasse só saberia o que sabem os homens." (Comentário de Allan Kardec sobre as questões 200 a 202). Para encerrar, gostaria de recordar alguns depoimentos que foram colhidos pela Dra. Helen Wambach: "Bem, eu realmente não escolhi meu sexo, mas fiquei satisfeito ao saber que, desta vez, seria homem. Estive no sexo oposto na maioria das minhas existências mais próximas e levei vidas miseráveis por isso." Outra pessoa expôs assim: "Quando você perguntou acerca da finalidade (da minha vida), compreendi que é a de estabelecer um novo relacionamento com pessoas a quem devo, por prejuizos que lhes causei em vidas anteriores. Tenho certeza agora de que devo ajudar meu marido, alcoólatra nesta vida, porque fui cruel com ele em existência anterior." Ou então: " (...)meu objetivo foi o de concilicar-me com algumas pessoas pelo dano que lhes causei em vidas passadas." Outra pessoa: "Tenho de aprender a não me agarrar possessivamente aos outros" Comenta então a nobre Psicóloga: " [...] 18% dos meus pacientes disseram ter vindo para essa vida para aprender a doar o amor. O objetivo não foi o de estarem junto de pessoas específicas, mas aprender a amar." Reflexionando sobre tudo isso, não podemos deixar de concluir: Quão é importante moralmente a nossa atual oportunidade reencarnatória!? Conforme o Espírito Joanna de Ângelis em "Desperte e Seja Feliz", muitos de nós, antes de mergulhar no corpo físico, suplicamos oportunidade de crescimento aos Benfeitores Espirituais; aflição de vez em quando; doença periodicamente; testemunhos morais, entre outras dificuldades a fim de que a nossa consciência não se anestesiasse, e nós perdêssemos o contato conosco mesmo na caminhada de uma conduta saudável. Nós sabíamos dos nossos defeitos, os Mentores Espirituais nos aconselharam. No entanto, preferimos mesmo assim abraçar essa oportunidade, prometendo carregar a cruz sorrindo, e a calúnia perdoando. Reencarnamos, entre júbilos e promessas... Agora não podemos reclamar! É necessário aproveitar o máximo da nossa atual existência. A Reencarnação foi o remédio escolhido por nós, no intuito de aliviar a Consciência de Culpa que a carne abafa. Perguntas/Respostas: 01 nós passamos por vários problemas/situações em nossas vidas........ isso iria facilmente nos ajudar na tomada de decisão, não é verdade? É verdade. Por uma razão muito simples. Os problemas, são desafios. E os desafios nos amadurecem o caráter. Quando passamos por vários problemas, e sabemos aproveita-los, ficamos experientes. Ninguém sobe a montanha da sublimação sem passar pelas tormentas da própria ascensão. A personalidade amadurece. Então, quando outras situações - desafios aparecem, a pessoa já está mais bem equipada emocionalmente, a fim de tomar a melhor decisão. Infelizmente nem sempre sabemos aproveitar esses problemas, e agravamos a nossa situação. Revolta, rebeldia, blasfêmia, são exemplos de imaturidade. 02 muitas vezes ficamos indecisos (em tomarmos algumas decisões).... nunca temos certeza se fizemos a coisa certa. Sim... Às vezes a experiência é nova. Nunca passamos antes. Então surge a insegurança. Toda atividade inicial gera uma certa insegurança. Com exceção das pessoas presunçosas que não têm insegurança diante de nada. Uma idéia é boa quando nos acalma. Às vezes entre duas idéias, ficamos brigando mentalmente. Algo dentro de nós diz: "Vou fazer isso." E algo dentro de nós responde: "Não vai." Então, ficamos indecisos. Quando uma idéia nos causa calma, ela deve ser boa Quando uma idéia nos causa ansiedade, devemos ter cuidado. Normalmente a idéia boa é aquela que não tenha projeção do ego. Ou seja, quando objetive o bem comum. Quando essa idéia não tenha interesse pessoal. Allan Kardec é o grande exemplo. No ultimo cap. de O Evangelho segundo o espiritismo ele anota uma prece para pedir conselho. Diz o Codificador: "1ª - Aquilo que eu hesito em fazer pode acarretar qualquer prejuízo a outrem? 2ª - Pode ser proveitoso a alguém? 3ª - Se agissem assim comigo, ficaria eu satisfeito? Se o que pensamos fazer, somente a nós nos interessa, licito nos é pesar as vantagens e os inconvenientes pessoais que nos possam advir. Se interessa a outrem e se, resultando em bem para um, redundará em mal para outro, cumpre, igualmente, pesemos a soma de bem ou de mal que Se produzirá, para nos decidirmos a agir, ou a abster-nos. Enfim, mesmo em se tratando das melhores coisas, importa ainda consideremos a oportunidade e as circunstâncias concomitantes, porquanto uma coisa boa, em si mesma, pode dar maus resultados em mãos inábeis, se não for conduzida com prudência e circunspeção. Antes de empreendê-la, convém consultemos as nossas forças e meios de execução. Em todos os casos, sempre podemos solicitar a assistência dos nossos Espíritos protetores, lembrados desta sábia advertência: Na dúvida, abstém-te". Oração Final: Senhor Jesus! Com a visão Consoladora que a Doutrina Espírita proporciona, a nossa caminhada não é mais caracterizada por angústias, e tormentos desnecessários. Com Allan Kardec, teu discípulo fiel, aprendemos que dificuldade é oportunidade de ascensão, e sofrimento é sinal de depuração; ao mesmo tempo, compreendemos na Terapia da Caridade, o programa infalível de felicidade pessoal, tentando minimizar a infelicidade de outrem. Muito obrigado Senhor! Fica conosco! Assim seja.