Estudo Espírita Promovido pelo IRC-Espiritismo http://www.irc-espiritismo.org.br Centro Espírita Léon Denis http://www.celd.org.br Tema: Pactos LE 549 a 550 Expositores Texto - Fernanda Lima João Pessoa - PB Respostas - Deise Bianchini Amambai - MS 30/04/2005 Oração Inicial: Queridos amigos espirituais agradecemos mais esta oportunidade de estudo, onde estaremos vibrando em sintonia com vocês, esperando receber a mensagem e dar nossa parcela de colaboração. Obrigada, Senhor, por todas as oportunidades que nos são colocadas, que saibamos aproveitá-las para nosso desenvolvimento e daqueles que nos são próximos e caros. Assim seja! Exposição: < Fernanda Lima> Boa noite a todos, estamos aqui para falar sobre as perguntas 549 e 550 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec. Nosso assunto? PACTOS Pacto de amor, de vida de morte, quem nunca assistiu histórias românticas de pactos reatados ou quebrados, e todas as suas conseqüências? No mundo espiritual, como funcionam os pactos (se é que eles existem)? Segundo o Aurélio, pacto é Ajuste, convenção, contrato. Haveria como contratarmos Espíritos para realizarem tarefas para nós? Se há, como isso se daria? Pela Lei de Liberdade, vemos que todo Espírito tem livre-arbítrio, tem a liberdade de ir e vir, porém ninguém pode se isentar de sofrer as conseqüências do que faz, aí é onde reside a JUstiça Divina. Por afinidade espiritual, energética do momento, ou por já se conhecerem de outras vidas, os Espíritos podem se afinizar com o nosso pensamento e até realizar o nosso desejo, mas sem que isso seja obrigatório, que seja um contrato firme e certo. É assim que agem os obsessores, pela sintonia energética entre seres. Isso implica em que, quando não há afinidade, não pode haver domínio de um a outro. A grande pergunta que se faz aos espíritas é se os "trabalhos" (Designação genérica dos cultos sincréticos afro-brasileiros derivados de práticas religiosas e divindades de povos bantos, influenciadas pelo candomblé e com elementos ameríndios) podem influenciar na vida de quem lhe é vítima... E então, o que os presentes acham disso? Kardec comenta e orienta: "O fato de o homem ficar, às vezes, na dependência dos Espíritos inferiores nasce de se entregar aos maus pensamentos que estes lhe sugerem e não de estipulações quaisquer que com eles faça. O pacto, no sentido vulgar do termo, é uma alegoria representativa da simpatia existente entre um indivíduo de natureza má e Espíritos malfazejos." Então, se a pessoa-vítima já estiver de antemão em sintonia infeliz certamente os espíritos terão acesso a ela podendo-lhe fazer mal, e o contrário também é válido: se a pessoa-vítima se prepara de antemão e não se permite estar muito tempo em sintonia de sofrimento os Espíritos podem até tentar, mas não conseguirão ou terão extrema dificuldade em realizar algo ruim junto a essa criatura. Os Espíritos podem até tentar, mas não conseguirão ou terão extrema dificuldade em realizar algo ruim junto a essa criatura. "Entregar a alma ao diabo" é um ditado popular muito conhecido, que pode ter um fundo de verdade. Não de forma que realmente aconteça, mas de forma parecida. Vejamos: "aquele que chama em seu auxílio os Espíritos, para deles obter riquezas, ou qualquer outro favor, rebela-se contra a Providência; renuncia à missão que recebeu e às provas que lhe cumpre suportar neste mundo. Sofrerá na vida futura as conseqüências desse ato. Não quer isto dizer que sua alma fique para sempre condenada à desgraça. Mas, desde que, em lugar de se desprender da matéria, nela cada vez se enterra mais, não terá, no mundo dos Espíritos, a satisfação de que haja gozado na Terra, até que tenha resgatado a sua falta, por meio de novas provas, talvez maiores e mais penosas. Coloca-se, por amor dos gozos materiais, na dependência dos Espíritos impuros. Estabelece-se assim, tacitamente, entre estes e o delinqüente, um pacto que o leva à sua perda, mas que lhe será sempre fácil romper, se o quiser firmemente, granjeando a assistência dos bons Espíritos." Essas foram as palavra dos Espíritos à KArdec explicando a questão da submissão dos encarnados aos espíritos maus quando esses tem pensamentos simpáticos entre si. Esperamos que tenham gostado do exposto e agora esperamos as perguntas que complementarão a exposição. Perguntas/Respostas: 01. Uma vez disseram que, se você estabelecer qualquer tipo de conexão com entidades, digamos assim, não tão evoluídas, e nem precisando pedir um mal daquele tamanho, esta relação entre o pedinte e o solicitado seria eternamente selada, aqui e em qualquer outro plano e que não teria como desobedecer a estas entidades no outro plano, uma vez que estaríamos eternamente subjugados a elas. Essa afirmação carece de lógica, uma vez que não podemos ser obrigados a nada eternamente. É só fazermos um paralelo com nossa própria vida atual. como, Deise? Temos hábitos, e alguns sabemos que são danosos. Conforme nos conscientizamos disso vamos nos afastando desses costumes, até bani-los de nossa vida. E são inúmeros. Fofoca, preguiça, só para citar os mais comuns. Em relação a essa obrigação "eterna" com os espíritos ela vai existir enquanto crermos que isso deve ocorrer. porque por aqui, você pede para fulaninho quebrar o ciclaninho que aí você paga a ele(a) com isso ou aquilo e aí o serviço é feito.Quando vc faz passagem , você deve favores pelos serviços anteriormente prestados. Cristal, tudo isso é algo que a própria pessoa se submete, a pessoa ACREDITA nisso, acredita que tem esses débitos. mas uma vez que você tenha este tipo de atitude, você não se encontra numa evolução desejada, digamos assim, daí para sair dessa rebordosa não ficaria um pouco mais complicado? Para o plano espiritual é uma questão de sintonia, se você se sintoniza com isso fica realmente em débito, pois surgem as obsessões. Se você tem esse tipo de atitude sim, fica comprometida, até estudar e aprender que não há esses laços. Por isso a grande importância do estudo, para nossa proteção, até. Não tenho grandes conhecimentos das doutrinas sincréticas, desculpe. 02. Queria saber a respeito da relação do sangue ou do sacrifício de animais com estes pactos. Por que a necessidade do sangue para que o pacto se perfaça? É possível você fazer a sua parte do acordo e a outra parte n cumprir com o pactuado, e mesmo assim você terá que pagar por isso? Não sei dizer sobre o sangue. Em relação ao cumprimento dos acordos, creio que ocorrerá será a possibilidade da pessoa se abrir à obsessão, tornando-se muito vulnerável a isso. Se já é difícil enfrentarmos nossos inimigos na carne, imagine os espirituais, que por conta da abertura que demos, tem acesso a nos influenciar. Os espíritos responderam a Kardec em O Livro dos Espíritos que os espíritos nos influenciam mais do que supomos. 03. [Deise Bianchini] quer dizer que pessoas de pensamentos e ações positivas estão menos vulneráveis aos espíritos inferiores? É a força do pensamento que atrai o que pensamos, negativa ou positivamente. É isso não é? Exato. 04. Se celebrarmos pactos com espíritos obsessores, sofreremos a conseqüência negativa deles. Poderíamos pensar na oração para nos livrar dessas conseqüências? Com certeza, louco. A prece é sempre nossa melhor proteção. Inclusive o ideal seria fazer a prece antes de realizar os "pactos", pois aí nos colocaremos sob a influência que nos interessa, isto é, de nosso anjo guardião, e poderemos , quem sabe, refletir o suficiente para nem iniciar essa negociação. 05. Quando desejamos mal a uma pessoa estamos assumindo um pacto desses? Não necessariamente. O Desejo do mau é algo íntimo, um sentimento interior, uma vontade de que coisas ruins aconteçam ao outro. O pacto pressupõe que vc combine com alguém, no caso um espíritos desencarnado, que vai fazer certa coisa se ele te fizer outra. Vou colocar algo para reflexão: Quando fazemos uma promessa, também é um pacto? acho que sim Eu acho. Na promessa sempre pedimos algo oferecendo algo em troca, ou seja... um pacto. Isso mesmo. Então os pactos nem sempre precisam ser voltados para o mau. A natureza jurídica da promessa é um ato unilateral de vontade, ou seja, só obriga o promitente, enquanto pacto é bilateral. Eles simplesmente existem para que as pessoas se rebelem contra o que devem vivenciar pedindo que algo siga um curso diferente do habitual Bem, não sei louco, porque a pessoa só vai pagar se conseguir a "graça" 06. No caso de um pacto em benefício de alguém, corremos o risco de estar nos pactuando com espíritos inferiores passando-se por espíritos de luz? Se a ação for para o bem dificilmente um espírito inferior estaria disposto. Não acredito nessa possibilidade. Agora, você fazer um pedido, fazer uma prece, ir em busca do tratamento espiritual não é um pacto, que isso fique muito claro. O pacto é "toma lá da cá". Você faz algo para mim e eu faço para você. Quando pedimos por alguém não fazemos trocas, pedimos, se for possível, que sejamos atendidos em nosso desejo no bem da pessoa. 07. No caso de arrependimento eficaz, ou seja, o pactuante se arrepender antes do espírito cumprir sua malévola obrigação, como ficam as conseqüências do seu ato? Só o desejo e o compromisso já é um comprometimento que deverá ser resgatado. acho q o arrependimento vai sanar o erro que ele cometeu, o pacto ainda não havia se realizado, oras... Fica mais ameno com o arrependimento, mas não deixa de ter existido. Você sabe que nosso pensamento é uma arma poderosa e rápida, ele por si só já terá atingido a pessoa, se ela for vulnerável. Só complementando o Corgan, quem se arrepende não merece perdão? Claro que merece, todos merecemos e temos novas oportunidades.E o que são nossas novas oportunidades? A possibilidade de corrigirmos nossos deslizes. Quanto à eficácia do pacto, ela só ocorrerá se a vítima estiver predisposta a isso, se a vítima tiver sua auto-proteção nem o motivo do pacto e nem o pensamento a atingirá. 08. Aquele que pede a Deus uma graça, em troca de alguma coisa, está fazendo pacto? Qual a conseqüência disso? Do meu ponto de vista ele pensa que está. Não vejo isso como algo ruim, apenas a pessoa não tem esclarecimentos e pensa em Deus com os mesmos sentimentos que os homens. Que só receberá algo de Deus se der a ele algo. Mas Deus precisa o que de nós? As pessoas fazem esses pedidos com fé, com amor, e se houver possibilidade e merecimento serão atendidas. Em um dos livros de André Luiz fala-se sobre um ministério que recebe os pedidos de milagres. Esses pedidos são feitos aos Santos de devoção das pessoas, mas são atendidos, se for o caso, pelos bons espíritos encarregados da tarefa. 09. !obs: Os dizimistas que dão dinheiros às igrejas em troca de bênçãos também estão nessa última categoria? Se você paga o dízimo para colaborar com a manutenção do local, você está querendo contribuir. Se você paga o dízimo em busca de algo, ele se torna apenas uma mercadoria. Estará comprando a redenção. Oração Final: Querido Deus todos os momentos que nos são propiciados são importantes para que consigamos cumprir nossos compromissos em busca do melhoramento, que possamos ser sempre amparados pela sua bondade. Agora e sempre! Assim seja!